Receita para destruir a identidade denominacional
Há r e
c e i t a s p
a r
a t odo s o s g o s t o s . Há receitas de bolos c om
os m a i s variados sabores. Receitas de tor t
a s com mi s tur a s de diferentes
ingredientes. Bem assim há fórmulas patenteadas, que asseguram aos seus autores
o direito exclusivo de uso e comercialização. Ouvimos que determinado país
quebrou a fórmula de determinado medicamento e passou a produzi-lo, mais em
conta, para a população c a r e n t e .
A l g u n s m i s t u r am receitas com fórmulas e conseguem produzir
bolo intragável. Difícil de ser digerido e até mesmo degustado. A mistura gera
reações químicas desagradáveis e prejudiciais ao produto final, e às vezes mata
o consumidor. Es te po r su a vez n ão
s abe dizer se é bolo, torta ou algum remédio amargo. Lê as contraindicações
na bula e descobre que os efeitos colaterais são superiores ao que o medic
amento se propõe curar. Geram mais
prejuízos do que a doença que se quer combater. Resultado: O doente morre. Não
porque estava doente, mas por ingerir medicação errada, alimento contaminado,
prescrito por pessoa incompetente.
O que ocorre
no mundo industrial e comercial, com sua contínua guerra contra osprodutos
importados e pirateados, a política governament a l cor
roída pel a ma ldade dos atravessadores corruptos, ocorre
também na vida religiosa e no compromisso que
se deve a uma c
aus a . A pirataria está presente em todos os segmentos, não só no comércio,
mas na vida religiosa. Encontramos piratas em todos os lugares, inclusive nas
igrejas do Senhor.
A Bíblia é
clara ao recomendar a não mistura. Evitar os produtos híbridos ou de origem
duvidosa. Moisés deixou claro aos filhos de Israel o cuidado com a agricultura saudável.
Por ser uma sociedade agrícola, alguns princí-pios deveriam ser observados, Deuteronômio
22.9-10: “Não semearás a tua vinha de diferentes espécies de semente, para que
não profane o fruto da semente que semeares, e a novidade da vinha. Com boi e
com jumento não lavrarás”. Em palavras bem atuais se d i r i a : C ad a
an ima l no seu estábulo. Cada semente no seu próprio
solo ou o ditado popular: Cada macaco no seu galho. Não se questiona o valor da
semente, tampouco a supremacia do jumento sobre o boi, se é que há, mas sim o respeito
à espécie em si com suas características peculiares.
Com perda de
identidade e a bsor ç ã o
dos modi smos que passaram a interagir
eintegrar a sociedade no final do século passado e início deste, estamos
iniciando a colheita amarga da falta de i n t e g r i d a d e . A p a r e c em o s primeiros descontentamentos isolados, às
vezes expressos em pequenas atitudes em forma de não cooperação. Em outros
casos grupos tentam se arregimentar de forma tímida, tentando reagir à pressão
da angústia imposta pelo sistema errado. O que parecia ser bênçãos em longo
prazo se revela maldição j á em c u r t o
p r a z o . T o d o s s e n t e m q u e
o b a r c o e s t á a v a r i a d o e f
a z e n d o á g u a . Mas encontrar a
fissura que permite a entrada da água exige disposição, coragem, desprendimentos
e sacrifício para repará-la. O contexto não permite uma ação mais agressiva.
Todos querem salva r o ba
r c o, sem
per der a c a r g a , e s q u e c i d o s q u e
à s vezes precisamos perder a carga, o próprio barco e salvar as pessoas
que são mais importantes. Atos 27.38-41 oferece-nos o modelo para salvar as
pessoas que estão navegando no mar revolto da atualidade denominacional.
Uma pergunta
inquieta: Por que chegamos a tal situação? Uma súmula simples é oferecida para
responder como e porque se destrói uma igreja, uma denominação, uma causa.
E m p r i m e i r o l u g a r
l e v e as igrejas a receberem por aclamação (heresia eclesiol ó g i c a
) , p e s s o a s o r i
u n d a s dos m a i s
va r i a dos
gr upos , i s t o é , s em
d o u t r i n á - l a s e s u b m e t ê - l a s a o
b a t i s m o . A s eme n t
e d i f e r e n t e c e d o corromperá o solo que a recebeu e
uma igreja deixa de ser Batista no sentido exclus ivo do
termo . Sem b r iga , sem
divisão, sem questionamentos, com a passividade da boa semente, perde a sua integr ida de e o
joio dá os seus frutos.
Em segundo
consagre ao ministério candidatos oriundos
de di ferentes denomin a ç õ e s
, s e i t a s o u
g r u p o s , sem a necessária avaliação e comprovação doutrinária. Entregue-lhe
uma igreja, ou caso tenha curso de doutorado contrate-o como professor de uma
instituição teológica. Ele terá o respaldo da cátedra para gerar e semear
semente idêntica ao que crê.
Em terceiro
estimule a abertura de “instituições” de ensino teológico em cada região, associação
e grandes igrejas. Não importa que os professores não sejam qualificados o
u c
om p r om e t i d o s c
om a denominação. Logo se terá toda
a sementeira sem a seiva original.
Em quarto
pegue as melhores instituições teológicas e submeta-as ao aval governamental.
Submeta-se aos padrões exigidos pelo Estado e não aos exigidos pela Bíblia. Contrate
professores pelos títulos, mesmo sendo ateus, e jamais pela fidelidade
doutrinária. Conseguido o reconhecimento passe a se orgulhar disso, em
detrimento à vida piedosa e à verdadeira voca-ção pastoral.
Em q u i n t o
c o n v i d e p a r a os
Congressos, retiros e Assembleias, oradores de vida irregular, não
comprometidos com a causa, que faça o povo rir, que conte piadas e n v o l v e
n d o o s l í d e r e s d a própria organização, e sem cor
doutrinária. Dê-lhe um povo crédulo para ser corrompido e o resto virá com o tempo .
Nó s , o s b a t i s t a s , n o s a s s eme l h am o s c om
o povo da cidade Laís, Juízes 18.7-10,27, por não montar guarda à
cidade, foi destruído pelos danitas. É fácil destruir um povo que não zela por sua
segurança.
C o m o
r e s u l t a d o s
e t e r
á campo fértil para semear a c r í t i c a , a d
e s c o n f i a n ç a , o i n d i v i d
u a l i sm o , a n ã
o c ooper a ç ão , o ma
l es t a r n a s reuniões, líderes e liderados t r i s
tes , igrej a s es t agn ad a s , batistérios secos, salvos
desanimados e uma denomina ç ão sem per
spec t iva de f u t u r o .
O a n t í d o t o c o n
t r a e s t e s ma l e s ?
Um g e n u í n o avivamento.
JULIO OLIvEIRA SANCHES
http://www.batistas.com/OJB_PDF/OJB_20.pdf