O Brasil Evangélico


“Disse Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todos os homens.”
Marcos 16.15
Esta ordem foi dada pelo Senhor Jesus, aproximadamente entre os anos 35 e 40. Nesta época, as profecias se cumpriram, Jesus havia morrido!
Estavam reunidos os onze discípulos e discutiam as notícias que começavam a chegar. Algumas pessoas afirmavam que tinham visto o Senhor. Provavelmente, um pensamento era comum a todos: Nós seremos os primeiros aos quais o Senhor aparecerá!
Afinal eram os Seus discípulos, andaram com o Senhor em seu ministério. Mas, ocorreu o contrário, e o Mestre mostrou-se primeiro aos pequenos e a estes encarregou de levar a notícia aos discípulos. E quando estes chegaram e anunciaram a boa nova da ressurreição, a primeira reação foi a incredulidade, a dureza, o orgulho tomou conta dos corações e não deram crédito a grande notícia.
Jesus apareceu ali no meio deles e os repreendeu por tal situação. E sentado à mesa, conversaram e fez algumas determinações, dentre estas, um mandamento muito importante: “Ide...!
Observamos que este mandamento tem sido prática no seio das igrejas e os povos tem sido alcançados. No entanto, uma vida santa, separada e uma comunhão verdadeira, real são condições indispensáveis.
Revista Veja (nº 1758 03/07/02) publicou uma reportagem escrita por José Edward, que mostra-nos o avanço dos evangélicos em nossa pátria, vale realçar que a Revista Veja é um veículo que não possui vínculos com a igreja evangélica, portanto, uma matéria isenta, sem paixões denominacionais.
Veja a transcrição de partes desta reportagem do jornalista José Edward:
"O país mais católico do mundo está ficando cada vez mais evangélico. O resultado do censo demográfico no quesito religião, divulgado neste ano, mostra que mais de 15% dos brasileiros – um rebanho de 26 milhões de pessoas – são protestantes. É um porcentual cinco vezes maior que em 1940 e o dobro de 1980. Em estados como Rio de Janeiro e Goiás, o índice supera 20% dos habitantes. No Espírito Santo e em Rondônia, os evangélicos passam de um quarto da população. Esse ritmo indica que metade dos brasileiros poderiam estar convertidos em cinco décadas – um tempo mínimo quando se fala de avanço religioso.
As conseqüências desse crescimento são muitas. Apenas como sinais das alterações a que esse fenômeno pode levar no perfil das famílias brasileiras, vale citar que os evangélicos, mesmo entre os menos escolarizados, têm menor número de filhos que seus vizinhos de outras religiões. Três quartos das mulheres evangélicas casadas usam contraceptivos. Quase 90% dos adeptos de igrejas evangélicas acreditam que a moral sexual do homem e da mulher deve ser igual, e 65% deles preferem casar-se com algum irmão de fé.
Os evangélicos levam a prática da fé a sério. Para começar, muitos evangélicos são convertidos – ou seja, escolheram aderir a uma religião por conta própria. Por isso, tendem a se tornar militantes da causa, envolvendo-se nos cultos e nas atividades comunitárias desenvolvidas em torno dos templos que freqüentam. Segundo o Iser, 80% dos evangélicos dizem participar das cerimônias e das obras sociais com regularidade.
A religiões cristãs não-católicas, como as evangélicas, têm sua origem no começo do século XVI, quando um monge alemão chamado Martinho Lutero se insurgiu contra Roma. No ano de 1517, revoltado com a venda de indulgências pelo papa, Lutero escreveu suas famosas 95 teses, que pregou na porta da catedral de Wittenberg. Foi o estopim da Reforma Protestante, que se tornaria uma das mais profundas transformações sócias da história humana. Com o tempo, do tronco protestante antipapal foram brotando dezenas de denominações. As mais importantes dessas subdivisões, a do pentecostalismo, criada pelo pregador negro americano William Joseph Seymour, foi uma explosão de fé. Hoje há mais pentecostais no mundo do que anglicanos, batistas, luteranos e presbiterianos somados.
Ao proliferarem em todas as camadas sociais, os evangélicos estão produzindo mudanças facilmente detectáveis.
Em todas as variantes do protestantismo, é missão do fiel e de seu pastor espalhar a palavra do Senhor. Em resumo, ele deve converter seu semelhante. Na maioria dos casos, quanto pior o currículo ético desse semelhante, maior será o esforço para salva-lo.
No discurso da maioria dos protestantes, a insegurança, a droga, o alcoolismo, a infidelidade, a vida indigna, o desrespeito, a miséria e todos os eventos ruins que podem atingir uma pessoa compõem as faces diversas de um inferno que se experimenta na terra. Numa troca simples, a igreja evangélica propõe que sua ovelha se afaste do mal e siga um código duro de conduta, oferecendo em troca apoio e reconhecimento por seu sucesso na empreitada.
As igrejas evangélicas, sobretudo as do chamado ramos pentecostal, penetram com enorme velocidade e sem nenhuma burocracia nas comunidades carentes e oferecem um modelo ético em regiões que as autoridades esqueceram e às quais a polícia leva mais medo que segurança.
Já existe até uma revista, a Consumidor Cristão, com tiragem de 20.000 exemplares, lida por evangélicos e recheada de anúncios com linguagem e até produtos específicos para esse público.
Somando tudo – de CDs a bares e instituições de ensino -, o mercador impulsionado pelos protestantes movimentam 3 bilhões de reais por ano e gera pelo menos 2 milhões de empregos. Na área da mídia eletrônica, há um verdadeiro império evangélico país afora. Existem mais de 300 emissoras de rádio evangélicas no Brasil, centenas de sites e pastores dando plantão on-line, na internet.
O Rádio e a TV servem ainda de canal para a transmissão de modelos culturais e de comportamento. Aline Barros, uma cantora de 25 anos, pode ser um nome desconhecido pra quem acompanha as paradas de sucesso. Más já vendeu mais de 1 milhão de CDs de música pop evangélica. Cassiane, com 3 milhões de discos vendidos, é outra grande estrela do gênero.
Há também um grande investimento em educação. A média de leitura dos evangélicos brasileiros gira em torno de seis livros por ano – o dobro da média nacional. As denominações evangélicas administram quase 1.000 escolas no Brasil com uma clientela de 740.000 alunos.
Paradoxalmente, o que mais mudou no Brasil com o crescimento da legião evangélica foi a Igreja Católica. De um lado, surgiu a Renovação Carismática, para revigorar os aspectos místicos e milagrosos da fé. De outro, os padres-cantores saíram atrás de fieis e compradores de CDs. Na mídia, a Igreja fincou uma bandeira em tempo recorde, criando a Rede Vida de rádio e TV, que cobre todo o território nacional. Os resultados, porém, estão longe do esperado. Os católicos falam em crise de vocações. Há sete vezes mais pastores protestantes atuando no Brasil que padres, e na maioria das denominações mais recentes esses ministros são formados em apenas alguns meses. Na prática, eles seguem aquele famoso incentivo: “Crescei e multiplicai-vos”.
Evangélicos sobre o total da população:
    
   
15%
    
  
9%
 
 
6%
  
3%
   
1940
1970
1990
2000
Igrejas e seus números:
 
Igrejas:
Universal do Reino de Deus
Internacional Graça de Deus
Renascer Em Cristo
Sara NossaTerra
Fundação1977198019861992
Fiéis em 1991
268.000
100.000
10.000
3.000
Fiéis em 2001
2.000.000
270.000
120.000
150.000
Templos7.000900400350
Pastores14.0001.5001.0001.100
Igrejas:
Congregação Cristã Brasil
Assembléia De Deus
Evangelho Quadrangular
Deus é Amor
Fundação1910191119511962
Fiéis em 1991
1.600.000
2.400.000
303.000
170.000
Fiéis em 2001
2.200.000
4.500.000
1.000.000
750.000
Templos14.30022.0006.3005.000
Pastores18.70021.00012.5009.000
Igrejas:
Luterana
Presbiteriana
Batista
Adventista
Fundação1824185918891895
Fiéis em 1991
1.000.000
498.000
1.500.000
706.000
Fiéis em 2001
930.000
500.000
1.800.000
1.100.000
Templos3.1083.00010.0003.235
Pastores1.5502.50010.0001.500
Música Gospel:
Gravadoras:
96
Artistas e Bandas
1.000
Cds Lançados por mês
5
Faturamento Anual (R$)
200.000.000
Programas Evangélicos na TV ( Hora/Semana )
Ano:
Horas
1975
1
1983
15
1992
45
2001
90
A reportagem realizada pela Revista Veja, focaliza especialmente os números relacionados aos evangélicos (crentes); realmente são animadores e alegra o coração de muitos.
E o Senhor está alegre com esta multidão (26 milhões) de pessoas que declaram-se seus seguidores?
A Igreja Evangélica em muitos casos tem nascido ou estão sendo dirigidas como uma empresa com metas definidas, ganhar novos adeptos e abrir templos e usam todos os recursos de marketing para alcançarem tais objetivos.
E o que vemos? Vemos uma igreja de mãos dadas com o mundo, incorporando práticas e costumes comuns aos considerados ímpios. Nas quais, as ordenanças pregadas pelo Senhor, já não ocupam os primeiros lugares na vida de seus fieis. A santidade e a necessidade de viverem separados do mundo, foram “maquiadas” e a expressão:
“não é bem assim!” tem sido usada como nunca!
“Disse Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras...”  Jo 14.23
“Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1Co 3.16
“Não vós ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?”  2Co  6.14
“Sede santos, porque eu sou santo. Disse o Senhor.” 1Pe 1.16
Igreja do Senhor, não aceitem os modismos inventados pelas mentes e corações vazios. Porém, dêem lugar ao Espírito Santo, o único edificador da Igreja.
Louvado Seja o Nome Santo do Senhor!

Pr Elias R. de Oliveira