Globo Gospel: Nada a Ver! - Ezequias Amancio Marins
"Jacó deu a Esaú pão e o guisado de lentilhas; e ele comeu e bebe; e,em levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura". (Genesis 25.34)
A história você já conhece: Esaú chega cansado de uma caçada improdutiva e logo, esfomeado põe-se a negociar com o seu arguto irmão para ganhar um prato de guisado (carne vermelha). Astutamente, Jacó honra o seu nome e "suplanta" o seu irmão, passando para tras com uma conversa afiada de maldades, em uma proposta sedutora: Esaú abriria mão do direito de receber a benção de "irmão mais velho", e em troca seu desejo por uma alimentação faustosa seria realizado! Isso é que é uma ideia tabajara: acabaram seus problemas! A benção por um prato de carne! Fazemos qualquer negócio!
O resultado você já pode esperar: em se aproximando da morte do pai dos irmãos negociantes, Isaque, Jacó toma o seu direito adquirido pela sórdida transação e recebe a benção tão sonhada e forjada no calor da canalhice! Esaú fica contrariado, aborrecido, mas sem muito o que fazer! Perdeu a benção por um prato de guisado!
Parece-me que essa história pode ser aplicada em meio à aproximação da Rede Globo com o público evangélico. Eu leio no "Maré Gospel" dessa semana, um caderno evangélico em um dos jornais de nossa cidade, uma reportagem de uma página sobre o famigerado "Festival Promessas", e em meio ao tom da reportagem, citando a participação de crentes de nossa cidade no evento, uma declaração chama-me a atenção, justamente de um dos diretores da "Venus Platinada": "Não podemos de maneira nenhuma ignorar as expressões da cultura do nosso povo. E a música evangélica é um dos fenômenos dessa imensa força que se expande sem cessar".
Ficou patente nessa declaração uma constatação óbvia: a música evangélica deixou de servir ao Evangelho para servir à cultura do nosso povo! Martinho Lutero tinha a consciência de que a música é serva da Palavra, mas o que vemos hoje é a música servindo-se a si mesma! Há algum tempo comentei de que a pressão por composições "vendáveis" tem feito cantores consagrados por belas letras submetendo-se a produzir músicas "fast food", de consumo rápido, indolor e sem sabor. Nossas igrejas estão sujeitando-se (a contragosto, mas sem alternativas) a um estilo de músico pastoso, sem vislumbres de eternidade! Isso porque os mais renomados artistas gospeis não tem tempo de produzir algo com conteúdo, e quando produzem não tem mais público para consumir música com qualidade. O que se vende é o descartável: letras com fogo (para vender a pentecostais) e sobre conquista (para vender a neo-pentecostais).
O que a Globo se propõe a fazer com esse Festival, que vai ao ar próximo do Natal para delírio de evangélicos que pensam estar fazendo história, e não deixam de estar mesmo, pois estão participando do tempo em que a igreja está trocando a benção do Pai (santidade) por um prato de guisado (um evento televisivo). Eu já convivi com determinados figurões da música evangélica, e até mesmo recentemente tive o desprazer de relacionar-me com alguém... e posso dizer que termos como "ministério", "sacrifício", "renúncia", "amor"... olha, nos lábios de muitos deles são apenas palavras, meros vocábulos, o que lhes interessa é o retorno financeiro com suas medíocres canções!
É fato que estamos vivendo o tempo do evangelho maquiado, adornado para agradar a platéia! A denúncia de C. H. Spurgeon em seu tempo ainda vale: "A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões."
Vejo lideres interessados em faturar notoriedade, e sob o pretexto de celebrar ao Senhor, vendem seus ministérios a articulados diretores, que eles sim estão conscientes da realidade envolvida: trata-se apenas de uma exibição cultural, nada mais, nada menos! Vergonha! É a palavra que me vêm a mente! Para celebrar o "Dia da Bíblia" em nossa cidade não nos unimos! Para participar do prato de guisado da Globo consegue-se arregimentar um grupo significativo! Vergonha! Eu tenho vergonha!
É o que eu penso.
A história você já conhece: Esaú chega cansado de uma caçada improdutiva e logo, esfomeado põe-se a negociar com o seu arguto irmão para ganhar um prato de guisado (carne vermelha). Astutamente, Jacó honra o seu nome e "suplanta" o seu irmão, passando para tras com uma conversa afiada de maldades, em uma proposta sedutora: Esaú abriria mão do direito de receber a benção de "irmão mais velho", e em troca seu desejo por uma alimentação faustosa seria realizado! Isso é que é uma ideia tabajara: acabaram seus problemas! A benção por um prato de carne! Fazemos qualquer negócio!
O resultado você já pode esperar: em se aproximando da morte do pai dos irmãos negociantes, Isaque, Jacó toma o seu direito adquirido pela sórdida transação e recebe a benção tão sonhada e forjada no calor da canalhice! Esaú fica contrariado, aborrecido, mas sem muito o que fazer! Perdeu a benção por um prato de guisado!
Parece-me que essa história pode ser aplicada em meio à aproximação da Rede Globo com o público evangélico. Eu leio no "Maré Gospel" dessa semana, um caderno evangélico em um dos jornais de nossa cidade, uma reportagem de uma página sobre o famigerado "Festival Promessas", e em meio ao tom da reportagem, citando a participação de crentes de nossa cidade no evento, uma declaração chama-me a atenção, justamente de um dos diretores da "Venus Platinada": "Não podemos de maneira nenhuma ignorar as expressões da cultura do nosso povo. E a música evangélica é um dos fenômenos dessa imensa força que se expande sem cessar".
Ficou patente nessa declaração uma constatação óbvia: a música evangélica deixou de servir ao Evangelho para servir à cultura do nosso povo! Martinho Lutero tinha a consciência de que a música é serva da Palavra, mas o que vemos hoje é a música servindo-se a si mesma! Há algum tempo comentei de que a pressão por composições "vendáveis" tem feito cantores consagrados por belas letras submetendo-se a produzir músicas "fast food", de consumo rápido, indolor e sem sabor. Nossas igrejas estão sujeitando-se (a contragosto, mas sem alternativas) a um estilo de músico pastoso, sem vislumbres de eternidade! Isso porque os mais renomados artistas gospeis não tem tempo de produzir algo com conteúdo, e quando produzem não tem mais público para consumir música com qualidade. O que se vende é o descartável: letras com fogo (para vender a pentecostais) e sobre conquista (para vender a neo-pentecostais).
O que a Globo se propõe a fazer com esse Festival, que vai ao ar próximo do Natal para delírio de evangélicos que pensam estar fazendo história, e não deixam de estar mesmo, pois estão participando do tempo em que a igreja está trocando a benção do Pai (santidade) por um prato de guisado (um evento televisivo). Eu já convivi com determinados figurões da música evangélica, e até mesmo recentemente tive o desprazer de relacionar-me com alguém... e posso dizer que termos como "ministério", "sacrifício", "renúncia", "amor"... olha, nos lábios de muitos deles são apenas palavras, meros vocábulos, o que lhes interessa é o retorno financeiro com suas medíocres canções!
É fato que estamos vivendo o tempo do evangelho maquiado, adornado para agradar a platéia! A denúncia de C. H. Spurgeon em seu tempo ainda vale: "A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões."
Vejo lideres interessados em faturar notoriedade, e sob o pretexto de celebrar ao Senhor, vendem seus ministérios a articulados diretores, que eles sim estão conscientes da realidade envolvida: trata-se apenas de uma exibição cultural, nada mais, nada menos! Vergonha! É a palavra que me vêm a mente! Para celebrar o "Dia da Bíblia" em nossa cidade não nos unimos! Para participar do prato de guisado da Globo consegue-se arregimentar um grupo significativo! Vergonha! Eu tenho vergonha!
É o que eu penso.