Homofobia e o Homossexualismo

É para abandonar a homofobia, mas não a condenação à prática homossexual
A revista Novas de Alegria, das Assembléias de Deus de Portugal, abordou a questão da homossexualidade em duas edições. Na primeira (janeiro de 2008), o pastor Alexandre Samuel Lopes, de Lisboa, escreveu que os homens e as mulheres com tendências homossexuais devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza, sem qualquer atitude de injusta discriminação. Além de ser cristão, esse comportamento possibilita uma mudança, pois “a igreja é a base da recuperação, é primeira e última oportunidade”. A aceitação do homossexual, acrescenta o pastor, “é o início da sua transformação para uma vida dentro dos padrões de Deus”.

Na segunda edição (março de 2008), o pastor Samuel Pinheiro, diretor da revista, transcreveu o comunicado assinado pela Federação das Entidades Evangélicas da Espanha, pela Aliança Evangélica Espanhola e pelo Conselho Evangélico da Galiza: “Declaramos o nosso respeito por qualquer pessoa que, em uso da sua liberdade de expressão, defenda as suas práticas e crenças homossexuais, como também o pensamento em relação à educação dos filhos, por radicalmente opostos que sejam aos mantidos por este manifesto. Igualmente reprovamos qualquer manifestação homofóbica procedente do coletivo ou de uma pessoa. Mas com mesma firmeza, e da mesma maneira, reclamamos os mesmos direitos e respeito para com a Igreja Cristã Evangélica, no respeito às práticas, crenças e defesas de uma conduta heterossexual e o direito de expressar livremente a nossa concepção da educação heterossexual dos nossos filhos”.

Mais adiante, o documento esclarece: “Por isso reafirmamos o direito a: 1) Proclamar, compartilhar e pregar toda a mensagem e o ensino do evangelho; 2) Fazê-lo livremente, sem impedimento e nos termos que a Bíblia define; 3) Declarar como pecado diante de Deus toda conduta e procedimento das pessoas que transgridem tanto os princípios morais como éticos e legais; 4) Proclamar que o evangelho inclui uma mensagem de esperança de restauração em Cristo em todas as áreas da vida; 5) Poder exercer este direito, com todo respeito, diante de todo aquele que livremente pretende escutar-nos, sem por ele sermos tratados como retrógrados ou etiquetados com insultos tão fáceis e rentáveis como ‘seitas perigosas’ ou ‘homófobos’”.

A aceitação da homossexualidade é tão simples e tão natural que, pelo menos no meio evangélico espanhol, já há um esforço organizado para encorajar os pais a dar continuidade à educação que valorize e dê visibilidade à heterossexualidade, não só no ensino mas também na formação de um ambiente familiar favorável.

Revista Ultimato

Edição 312
Maio-Junho 2008