“A OBRA”: DOMINAÇÃO QUADRAGENÁRIA


Sobre o domínio doentio do Presbitério da Igreja Cristã Maranata

A amorosa, graciosa e maravilhosa obra do Espírito de Cristo
Jesus continua convocando os desfavorecidos pecadores para fora do curso do
mundo e dos domínios de Satanás, “o deus deste século” (Cl. 2.13-14). Esta
convocação é individual para entrada na “igreja do Deus vivo, coluna e baluarte
da verdade” (1 Tm. 3.15). O desígnio divino é que ingressem na “família de
Deus” (Ef. 2.19-22) “feitos filhos de Deus” (Jo. 1.12), “herdeiros de Deus e coherdeiros
com Cristo” (Rm. 8.17), nascidos de novo (Jo. 3.3,5) “mediante a fé
em Cristo Jesus” (Gl. 2.15,16; 3.26-29). E SEJAM CHEIOS DO ESPÍRITO DE
CRISTO JESUS!


Assim sendo, até as crianças podem passar os olhos do Bendito
Texto e ler: “a igreja em Jerusalém” (At. 8.1); “a igreja de Antioquia” (At. 13.1);
“a igreja de Cencréia” (Rm. 16.1); “a igreja que está na casa deles” (1 Co.
16.19); “a igreja que ela hospeda em sua casa” (Cl. 4.15) etc. No Apocalipse
temos: “igreja em Éfeso” (2.1), “igreja em Esmirna” (2.8), “igreja em Pérgamo”
(2.12), “igreja em Tiatira” (2.18), “igreja em Sardes” (3.1), “igreja em Filadéfia”
(3.7), “igreja em Laodicéia” (3.14). Ora, a expressão “igreja” (gr. ekklesia)
identifica a CONGREGAÇÃO DE CRENTES DE DETERMINADA CIDADE.


Biblicamente pensando, nenhuma destas IGREJAS LOCAIS
exercia domínio eclesiástico sobre as igrejas de outras cidades... mas isto não
mais faz sentido nos dias de hoje, DIAS DE APOSTASIA (2 Ts. 2.3-4, gr.
rebelião - a negação da fé em Deus) e de construção de DITADURAS
ECLESIÁSTICAS.


Esteja atento ao que está diante de seus olhos. O conteúdo das
referências do Bendito Texto nos leva a examinar as Escrituras e a pensar e
refletir.


As DITADURAS ECLESIÁSTICAS deixam marcas e ofendem o
padrão do Novo Testamento (2Cor 1.24 / 1Pe 5.3) e resistem ao Espírito de
Cristo Jesus. Certamente, as ditaduras eclesiásticas – antigas ou mais
recentes – podem ser reconhecidas pelos atos do dominador do rebanho,
dissimulados ou não:
• alguém aparece, 
• arranja uns cabeças-de-ferro,
• convence os beatos,
desacata a autoridade e inerrância das Escrituras,
• discrimina os diferentes,
• ensaia arranjos de alienação emocional e mental,
• ergue um estrado e um trono,
• estabelece o corporativismo,
• exalta os dons espirituais de subalternos,
• fecha o cerco aos “de fora”,
• defende ferozmente a “doutrina revelada”,
• gosta de exercer a primazia,
imagina-se o único valente da “obra revelada”,
• impõe heresias,
• infiltra informantes,
• insiste na discriminação e no exclusivismo,
manipula profecias,
• mantém os segredos dos cofres,
• não presta contas aos membros,
• não serve de modelo para o rebanho,
• nega o direito de autonomia das igrejas,
• nega o direito de defesa,
• nega o direito de respostas,
nunca se afasta do trono,
• organiza a proteção pessoal (armada, inclusive),
• persegue os que fazem perguntas sinceras,
• prepara a degola dos desafetos,
• pressiona os subalternos,
• procura se impor na sociedade,
• proíbe o mais mínimo questionamento,
• proíbe estudos teológicos,
• torna-se vaidoso,
troca o sacerdócio real por um sacerdócio profano,
• vangloria-se de títulos humanos dados por políticos, e
• zomba dos que não têm a mesma mentalidade de “obra revelada”.



A dominação quadragenária ai está COMO UM EXEMPLO QUE
NÃO DEVE SER IMITADO.
A linguagem do não-pensamento constrói heresias, desafia os
Céus e escancara as portas das igrejas para compromissos corporativos com
interesseiros e com políticos raposas – antigos e novos – mas sempre
descompromissados com o Evangelho de Deus.


A última expressão do absolutismo eclesiástico de quarenta anos
desce do palácio da rainha desfigurada, às vésperas do Natal agredindo a
consciência do cristão-evangélico (Circular Apostasia e Heresias em Novembro
de 2008). E há aqueles que acreditam na conversão da instituição. Será?!
Beatos e obreiros subalternos confiam na crença do mestre,
dispensam o exame das Escrituras e o exercício da fé no poder de Deus; e
enquanto os valetes (escrevi valetes) mergulham no SONO RELIGIOSO, os
filhos do maligno semeiam o “maranatês” que cresce qual joio no meio do trigo
(Mt. 13.24-30,36-43).


O dominador quadragenário diz à sua alma (Lc. 12.19): “Tens em
depósito muitos bens para muitos anos: descansa, como e bebe, e regalate”.
E impetuosamente rebenta: DAQUI NINGUÉM ME TIRA! Outro petardo
ressoa do palácio da rainha desfigurada: Eu sou o defensor da “doutrina
revelada”, o indispensável, o primeiro e o único valente... Porém, o desmanche
começou como necessidade de autonomia das igrejas.


O meu coração me diz que a conversão é DETERMINAÇÃO
INDIVIDUAL. A conversão começa quando cada um desperta do sono e se
arrepende da falta de discernimento enquanto a instituição mergulha em
ruinaria... Pessoas se arrependem da estupidez de estarem presas na ditadura
eclesiástica... na idolatria e iniqüidade... na religião. Pessoas se arrependem de
estarem debaixo da autoridade de obreiros e pastores pseudocarismáticos que
profetizam: haverá cura... mas o doente morre no dia seguinte.


Se alguém afirma estar livre do dominador quadragenário deve
produzir frutos dignos para a vida eterna com Cristo Jesus. Não se deixe
enganar! Se alguém já percebeu estar debaixo da autoridade de obreiros
pseudocarismáticos, livre-se deles e DEPENDA EXCLUSIVAMENTE DO
ESPÍRITO DE CRISTO JESUS.


“Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de
ter entre eles a primazia, não nos recebe. Pelo que, se eu aí for,
trarei à memoria as obras que ele faz, proferindo contra nós
palavras maliciosas; e, não contente com isto, ele não somente
deixa de receber os irmãos, mas aos que os querem receber ele
proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja. Amado, não imites
o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal
não tem visto a Deus.” 3 João 9-11


Quem lê, entenda.
“Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois,
firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão.”
Gálatas 5:1