Identidade Batista - Pr.Jônatas David
Como em outros momentos de sua história, os Batistas, e todas as outras denominações evangélicas, bem como no catolicismo, estão vivendo um momento ímpar, a necessidade essencial de identificar suas características históricas e assumí-las, custe o que custar, como sempre aconteceu.
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Identidade é o que nos diferencia de outros, é o que nos faz, até, parceiros de outros, sem, necessariamente, termos que ser iguais ou semelhantes a eles. É o que nos faz únicos, diferentes, especiais entre tantos iguais. Identidade nos leva até, a sermos diferentes, mesmo que paguemos um preço por isto, mas temos determinação invejável para vivermos o que somos.
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Não precisamos observar muito, para percebermos o poder da doutrina, o que o Apóstolo Paulo afirmou em 1Tm.4:16; o que cremos determina tudo que somos, tudo que temos, tudo que queremos e pensamos. Isto deve ser considerado quando estivermos analisando circunstâncias que se apresentem nas facetas de momentos históricos dos Batistas, e de qualquer outro grupo religioso. Isto faz parte do qu queremos admitir quanto à identidade de quem crer uma coisa ou outra no universo teológico que povoa o cristianismo de todos os tempos.
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É muito provável que a globalização generalizada que está tão intrinsecada em nossa cultura batista, e nas mentes de todas as culturas que nos envolvemos, seja barreira muito complicada de ser transposta; o comportamento translocado que, em pouco tempo, passou a dominar nossas ações batistas, nos mais variados níveis de lideranças, atraindo para o nosso meio todo tipo de gente religiosa e adoradora, muito provavelmente, se faz explicar por esta universalização doentia e anti-bíblica.
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Sem querer esgotar o entendimento sobre este fenômeno maléfico, mas muito necessario à limpeza do trigal (aquele que o "inimigo" semeou seu joio infame), o que sempre acontece na hístória da Igreja Cristã; vamos apontar alguns tipos de Batistas, em nossa atualidade, nos fazendo uma denominação sem identidade, sem princípios, sem união, sem nada que possa nos testemunhar como Igreja verdadeira de Jesus Cristo neste mundo.
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Nesta oportunidade, vamos considerar Sete Aspectos que definem a Identidade Histórica dos Batistas, o que, ao final de tudo, fazendo todas a peneradas, resulta num remanescente Pequeno, Perseguido e Proclamador.
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A TEOLOGIA FUNDAMENTAL QUE CREEM
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Basicamente, esta teologia era o que os tornavam inconfundíveis em relação à grande maioria dos Anabatistas, como hoje em relação aos evangélicos. Esta teologia é o que os aproximavam dos Reformadores no século XVI e XVII. Os Anabatistas bíblicos que originaram os batistas, mais que ninguém, foram os preservadores, em muitos cantos do mundo, mesmo durante a chamada Idade das Trevas, desta teologia, mãe de todas as outras, fundamental para determinar a vida, a pregação, a liturgia, o testemunho e tudo mais que a vida cristã demonstra nos salvos e nas poucas igrejas que eles formam.
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Lutero falou, sistematizou até, mas desde os primórdios do cristianismo, estas três doutrinas foram preservadas, mantidas intactas, pelo Espírito Santo, e, por muitas vezes, e de muitas maneiras sofreu todo tipo de perseguição, de incompreensão; mas venceu, como sempre vencerá, pois este é o desejo do Senhor, para que os futuros possam desfrutar da verdadeira pregação do santo Evangelho. Só a Fé, só a Bíblia e só a Graça. Estes três pontos teológicos, por si só, determinam todas as doutrinas que uma igreja ou denominação venha a viver e pregar.
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De uma forma bem didática, vamos desdobrar estas três afirmativas teológicas em sete; elas nos dão o primeiro aspecto sobre uma definição clara da identidade histórica dos Batistas:
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(1)Só a Bíblia... É a santa Palavra de Deus; mais nada e mais ninguém. Antigamente Deus falou muitas vezes, de várias maneiras aos homens, mas, depois de Cristo, Ele só tem falado pelo Seu Filho, o qual está testificado na Bíblia, Hebreus 1:1-2, João 5:39. Só os Batistas e os Reformadores crêem nisto; Católicos, Pentecostais, Neo-Pentecostais, Adventistas, Testemunhas de Jeová, Mórmons e outros crêem na Bíblia, mas também crêem que Deus fala pelos decisões dos Papas e Concílios, sonhos e revelações, escritos de fundadores e lideranças, livros e revistas outras.
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(2)Só a Bíblia... Por causa disto, os batistas não têm a Bíblia como amuleto de sorte ou saúde, orientador de previsões e prognosticações, instrumento místico de domínio e amedrontamento. Para eles, sempre, a Palavra do Senhor está no conteúdo espiritual dos livros que a Bíblia soma. Não é característica Batista usar, fisicamente, o livro, e os seus textos, para promover condições sobrenaturais de toda sorte.
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(3)Só a Fé... No sacrifício vicário de Jesus Cristo é suficiente para a salvação de uma pessoa. Crêr no Filho de Deus como Senhor e Salvador, eis a única coisa capaz de elevar uma alma a condição de salva. Os Batistas, e outras denominações bíblicas, formando um número pequeno de pessoas sobre a face do mundo, descansam nesta verdade bíblica. Não chegam a ser Calvinistas, com excessão de alguns poucos; absolutamente, também não são Arminianos. A partir desta certeza, crêem, principalmente no próximo ensino a se mencionar.
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(4)Só a Fé... Nada mais é necessário a salvação eterna de uma pessoa; sendo assim, os Batistas são uma das pouquíssimas denominações cristã que não crêem na "perda de salvação". Nada além da fé promove a salvação, nada além da fé faz alguém deixar de ter a salvação. Quando Cristo morreu na cruz, perdoou todos os pecados do arrependido, e isto faz com que não hajam pecados que o levem a perder a salvação que lhe dada na conversão.
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(5)Só a Fé... Na prática, os Batistas, por causa disto, não chantageia, amedrontando seus membros com respeito a "perda de salvação". Os Batistas e outros bíblicos, são motivados ao evangelismo, à vida cristã, ao testemunho, não pela barganha ou pelo terror, mas pelo Espírito Santo que os leva à obediência ao Senhor Deus e Sua Palavra.
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(6)Só a Graça... É capaz de preparar e proteger, neste mundo, para a eternidade, os que tiverem passado pelo arrependimento. Nenum esforço, nada é capaz de fazer uma pessoa ser agradável a Deus. Os Batistas e todas as denominações bíblicas, no cristianismo, crêem que somente Deus, pelo Seu Espírito Santo, pode operar a santificação na alma de alguém. Esta ação divina faz o salvo estar ápto a viver o céu aqui no mundo e na eternidade; e ao mesmo tempo, é a maneira perfeita do Senhor proteger os Seus salvos contra o domínio do pecado, as consequencias das aflições até do "toque" do maligno.
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(7)Só a Graça... Com isto, os Batistas não praticam e não incentvam rituais efêmeros e pagãos, ou intransigências, no intúito de promover santificação e aperfeiçoamentos nas pessoas. Jejuns, orações, cultos, ações de graças, Leitura da Bíblia, nunca são usados como meio de conseguir benefícios espirituais ou materiais, mas como formas edificativas ou de exaltação ao Senhor.
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OS PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE DEFENDEM
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Enquanto a Teologia Fundamental, que já vimos, distinguia os Batistas, em suas crenças práticas, de outras denominações hereges, como os Anabatistas não-bíblicos que existiam aos montes por todas as cidades e lugarejos, estes Princípios Básicos, por sua vez, os diferenciavam dos Reformadores e suas pregações. Estes Princípios é que não permitiram maior apoio aos líderes da Reforma Protestante por onde fossem aparecendo com seus ensinos bíblicos e revolucionários em afronta à Igreja Católica, de onde, na maioria, surgiram.
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Estes Princípios Básicos, ao contrário do que dizem muitos que preferem se enganar, de uma forma ou outra, estão totalmente embasados na Teologia Fundamental; por isto, são Princípios impossíveis de serem comungados por denominações não-bíblicas, e, mesmo de outra forma, encontrados em muitos dos Reformadores.
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(1)Aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta... isso tem a ver com a Teologia Fundamental, mas vai muito além. Para os Batistas só a Bíblia é quem determina sua prática cotidiana. Tudo que um Pastor, ou qualquer outro líder espiritual, entender como sendo ideal a ensinar ou esperar da igreja que lidera, deve estar no ensino bíblico. Sendo assim, as igrejas batistas se diferenciam das pentecostais, por não produzirem costumes místicos; diferenciam dos neo-pentecostais, por não produzirem costumes triunfalistas enganadores; diferenciam de adventistas e testemunhas de jeová, por não produzirem costumes intransigentes. Em relação à liturgia, este princípio ajusta uma prática não pagã, na busca de satisfação pessoal dos adoradores; estes é que devem se ajustar à adoração de Deus.
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(2)O Conceito de Igreja como sendo uma Comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas... Para os batistas, mesmo considerando a liderança pastoral como ungida e digna de obediência, notabiliza a democracia, a participação direta de todos, como essencial a se seguir confiante pela Vontade de Deus. Democracia requer, para que seja exercida com a máxima precaução que ela exige, o que a Bíblia chama de descência e ordem, e isto contraria toda a prática pentecostal, neo-pentecostal, adventista e testemunha de jeová; isso, também, contribui para os batistas se diferenciarem dos demais. Em relação à liturgia, esta "descência e ordem" faz com que se tenha um culto moderado, voltado a Deus, e não às necessidades carnais dos adoradores.
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(3)A separação entre igreja e Estado... Esta marca sempre notabilizou os batistas históricos em relação às outras denominações, inclusive os Reformadores Protestantes. O princípio não é a alienação política, mas o descomprometimento da igreja com a política em si. As igrejas batistas sempre foram cooperadoras com os Estados onde se localizam, principalmente na atuação social de suas igrejas, organizações e membresia. Os únicos motivos que os demais têm para estarem tão envolvidos com os govenos, é se beneficiarem materialmente, com os mais variados motivos, e o de serem, oficialmente, igreja de multidões. Assim, os batistas rejeitam, por este princípio, o benefício material que o Estado possa oferecer, buscando satisfazer seus interesses. Desta forma, e por causa disto, os btistas nunca tiveram interesse em ser igreja de multidões, mesmo por que, por causa desta visão anti-bíblica de multidões, eles sempre foram vítimas de todo aspecto de perseguição, por todos os cantos do mundo. Liturgicamente falando, uma igreja sem interesse de ser agradável a multidões, não abandona a seriedade de sua adoração, para atrair estas mesmas multidões desenfreadas e agradadas de enganos.
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(4)A absoluta liberdade de consciência... Os batistas defendem a não-dogmatização da fé, não concordam com conclusões fechadas sobre qualquer ensino bíblico, não querendo dizer que aceit. tudo. Defendem o direito de todos estudarem a Bíblia e terem suas próprias conclusões, mesmo que diferencie da sã-doutrina; cabendo ao interessado que assim proceder, identificar, também, a necessidade de ser coerente, saindo do meio que crer diferente de sua conclusão pessoal. Neste sentido é que há uma Declaração Doutrinária oficial, para que o indivíduo possa estar sempre analisando, estudando, questionando, e quando entender que não crer daquele jeito, tenha a hombridade cristã de sair, sem quebra da harmonia existente. Estes mesmos passos e motivação, fazem com que a liturgia batista, aceite as mudanças que se entendam apropriadas, mas determine a continuação da harmonia, com a saída dos novos e das novidades que venham romper a comunhão.
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(5)A responsabilidade individual diante de Deus... Os batistas acreditam que "cada um vai dar conta de si a Deus"; ninguém, nem instituição alguma, será capaz de responder por qualquer pessoa, espiritualmente, diante do Senhor. Todos têm o direito de questionar, buscar mudar, provocar, rejeitar, fazer o que achar melhor, com boa ou má intenção, desde que todo saibam que são inteiramente responsáveis, perante a Justiça do Senhor, de suas atitudes e ações. Da mesma forma que podem ser hereges, usando um direito pessoal, espiritual, qualquer um deve também sofrer ou se beneficiar com as consequencias do que venha pregar, viver, testemunhar. Nem satanás, nem heresia, nem pessoas, nem igreja, nem nada, podem ser usados por qualquer indivíduo, como álibe para justificar-se ante Deus e seu interesse de não permitir "escândalos" no seio da Igreja de Cristo. Tudo que gera divisão, separação, partidarismo, é escândalo. Em toda a história do cristianismo, e em alguns momentos em especial, como em nossos dias, a liturgia tem trazido grandes dificuldades em desunião, para a igreja de Cristo, e também, entre os Batistas.
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(6)A autenticidade e apostolicidade das igrejas... Para os batistas, a igreja é muito mais que uma reunião organizada de pessoas que se dizem salvas, é o próprio Corpo de Cristo. A existência da Igreja só é possível pelo fato da Vontade de Deus ser assim, como também, como consequencia do livre arbítrio, as pseudo-igrejas espalhadas pelo mundo. Em momento algum de sua história, elas foram mais ou menos espirituais; nunca foram maiores ou melhores, proporcionalmente, em muitos sentidos, que o seu início, ou hoje em dia. São enviadas, representantes do Cabeça, Jesus Cristo ao mundo, no sentido de pregadoras, testemunhas ou edificantes agrupamentos de convertidos. Em sua liturgia, também, afirmar que hoje há espaços para modismos desenfreados, por que os tempos são outros, é dizer asneiras, já que o culto é voltado para Deus, e este nunca mudou, foi adorado no tempo de Jesus, da mesma forma que no tempo de Moisés, ou Abraão.
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(7)Intensa e ativa cooperação entre suas igrejas... Os batistas, buscando harmonizar o paradoxo da autonomia democrática e o espírito de união denominacional, durante sua história, tem encontrado meios de promover comunhão e cooperação entre suas igrejas. Mesmo, a pesar, deste paradoxo, é uma das denominações mais missionária que o cristianismo já teve. De uma forma ou outra, numa situação ou outra, mesmo em culturas diferentes, as igrejas batistas se notabilizam, até mais que muitas denominações centralizadas, por serem unidas, principalmente, quanto à proclamação do verdadeiro evangelho salvador. Voltando para a liturgia, fator importante para a definição de identidade, os batistas, os verdadeiros batistas, tem "abrido" mão de muitas diferenças cultuais, de lugar para lugar, sempre que percebe o quanto isto vai prejudicar esta intensa cooperação entre suas igrejas.
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A DOUTRINA PENTECOSTAL QUE REJEITAM
(paganismo teocrático emocional, confusão ntre espiritualidade e emocionalidade, o pentecostal é no que é e faz, uma consequencia natural, espontânea do que crer)
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A DOUTRINA NEO-PENTECOSTAL QUE DISCORDAM
(paganismo humanista, o homem é um semi-deus, confusão entre espiritualidade e sucesso, o neo-pentecostal é no que é e faz, uma consequencia natural, espontânea do que crer)
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A DOUTRINA NÃO-FUNDAMENTALISTA QUE ENSINAM
(extremo-ortodoxo)
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A DOUTRINA NÃO-CONTEXTUALIZADA QUE VIVEM
(extremo-liberal - quer a liberdade batista e o descontrole)
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A DOUTRINA NÃO-ECUMÊNICA QUE PRESERVAM
(extremo-eclético)
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CONCLUSÕES FINAIS
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TIPOS DE COMUNHÃO BATISTA
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(1)Comunhão Respeitosa... em relação a todas as religiões.
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(2)Comunhão Cristã... em relação às denominações dentro do cristianismo.
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(3)Comunhão Evangélica... em relação às denominaçoes ditas evangélicas.
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(4)Comunhão Denominacional... em relaçao aos vários tipos dos chamados Batistas.
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(5)Comunhão Fraternal... em relação aos batistas da mesma fé e ordem.
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(6)Comunhão Local... em relação aos membros de uma mesma igreja.
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Identidade é o que nos diferencia de outros, é o que nos faz, até, parceiros de outros, sem, necessariamente, termos que ser iguais ou semelhantes a eles. É o que nos faz únicos, diferentes, especiais entre tantos iguais. Identidade nos leva até, a sermos diferentes, mesmo que paguemos um preço por isto, mas temos determinação invejável para vivermos o que somos.
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Não precisamos observar muito, para percebermos o poder da doutrina, o que o Apóstolo Paulo afirmou em 1Tm.4:16; o que cremos determina tudo que somos, tudo que temos, tudo que queremos e pensamos. Isto deve ser considerado quando estivermos analisando circunstâncias que se apresentem nas facetas de momentos históricos dos Batistas, e de qualquer outro grupo religioso. Isto faz parte do qu queremos admitir quanto à identidade de quem crer uma coisa ou outra no universo teológico que povoa o cristianismo de todos os tempos.
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É muito provável que a globalização generalizada que está tão intrinsecada em nossa cultura batista, e nas mentes de todas as culturas que nos envolvemos, seja barreira muito complicada de ser transposta; o comportamento translocado que, em pouco tempo, passou a dominar nossas ações batistas, nos mais variados níveis de lideranças, atraindo para o nosso meio todo tipo de gente religiosa e adoradora, muito provavelmente, se faz explicar por esta universalização doentia e anti-bíblica.
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Sem querer esgotar o entendimento sobre este fenômeno maléfico, mas muito necessario à limpeza do trigal (aquele que o "inimigo" semeou seu joio infame), o que sempre acontece na hístória da Igreja Cristã; vamos apontar alguns tipos de Batistas, em nossa atualidade, nos fazendo uma denominação sem identidade, sem princípios, sem união, sem nada que possa nos testemunhar como Igreja verdadeira de Jesus Cristo neste mundo.
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Nesta oportunidade, vamos considerar Sete Aspectos que definem a Identidade Histórica dos Batistas, o que, ao final de tudo, fazendo todas a peneradas, resulta num remanescente Pequeno, Perseguido e Proclamador.
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A TEOLOGIA FUNDAMENTAL QUE CREEM
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Basicamente, esta teologia era o que os tornavam inconfundíveis em relação à grande maioria dos Anabatistas, como hoje em relação aos evangélicos. Esta teologia é o que os aproximavam dos Reformadores no século XVI e XVII. Os Anabatistas bíblicos que originaram os batistas, mais que ninguém, foram os preservadores, em muitos cantos do mundo, mesmo durante a chamada Idade das Trevas, desta teologia, mãe de todas as outras, fundamental para determinar a vida, a pregação, a liturgia, o testemunho e tudo mais que a vida cristã demonstra nos salvos e nas poucas igrejas que eles formam.
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Lutero falou, sistematizou até, mas desde os primórdios do cristianismo, estas três doutrinas foram preservadas, mantidas intactas, pelo Espírito Santo, e, por muitas vezes, e de muitas maneiras sofreu todo tipo de perseguição, de incompreensão; mas venceu, como sempre vencerá, pois este é o desejo do Senhor, para que os futuros possam desfrutar da verdadeira pregação do santo Evangelho. Só a Fé, só a Bíblia e só a Graça. Estes três pontos teológicos, por si só, determinam todas as doutrinas que uma igreja ou denominação venha a viver e pregar.
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De uma forma bem didática, vamos desdobrar estas três afirmativas teológicas em sete; elas nos dão o primeiro aspecto sobre uma definição clara da identidade histórica dos Batistas:
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(1)Só a Bíblia... É a santa Palavra de Deus; mais nada e mais ninguém. Antigamente Deus falou muitas vezes, de várias maneiras aos homens, mas, depois de Cristo, Ele só tem falado pelo Seu Filho, o qual está testificado na Bíblia, Hebreus 1:1-2, João 5:39. Só os Batistas e os Reformadores crêem nisto; Católicos, Pentecostais, Neo-Pentecostais, Adventistas, Testemunhas de Jeová, Mórmons e outros crêem na Bíblia, mas também crêem que Deus fala pelos decisões dos Papas e Concílios, sonhos e revelações, escritos de fundadores e lideranças, livros e revistas outras.
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(2)Só a Bíblia... Por causa disto, os batistas não têm a Bíblia como amuleto de sorte ou saúde, orientador de previsões e prognosticações, instrumento místico de domínio e amedrontamento. Para eles, sempre, a Palavra do Senhor está no conteúdo espiritual dos livros que a Bíblia soma. Não é característica Batista usar, fisicamente, o livro, e os seus textos, para promover condições sobrenaturais de toda sorte.
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(3)Só a Fé... No sacrifício vicário de Jesus Cristo é suficiente para a salvação de uma pessoa. Crêr no Filho de Deus como Senhor e Salvador, eis a única coisa capaz de elevar uma alma a condição de salva. Os Batistas, e outras denominações bíblicas, formando um número pequeno de pessoas sobre a face do mundo, descansam nesta verdade bíblica. Não chegam a ser Calvinistas, com excessão de alguns poucos; absolutamente, também não são Arminianos. A partir desta certeza, crêem, principalmente no próximo ensino a se mencionar.
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(4)Só a Fé... Nada mais é necessário a salvação eterna de uma pessoa; sendo assim, os Batistas são uma das pouquíssimas denominações cristã que não crêem na "perda de salvação". Nada além da fé promove a salvação, nada além da fé faz alguém deixar de ter a salvação. Quando Cristo morreu na cruz, perdoou todos os pecados do arrependido, e isto faz com que não hajam pecados que o levem a perder a salvação que lhe dada na conversão.
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(5)Só a Fé... Na prática, os Batistas, por causa disto, não chantageia, amedrontando seus membros com respeito a "perda de salvação". Os Batistas e outros bíblicos, são motivados ao evangelismo, à vida cristã, ao testemunho, não pela barganha ou pelo terror, mas pelo Espírito Santo que os leva à obediência ao Senhor Deus e Sua Palavra.
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(6)Só a Graça... É capaz de preparar e proteger, neste mundo, para a eternidade, os que tiverem passado pelo arrependimento. Nenum esforço, nada é capaz de fazer uma pessoa ser agradável a Deus. Os Batistas e todas as denominações bíblicas, no cristianismo, crêem que somente Deus, pelo Seu Espírito Santo, pode operar a santificação na alma de alguém. Esta ação divina faz o salvo estar ápto a viver o céu aqui no mundo e na eternidade; e ao mesmo tempo, é a maneira perfeita do Senhor proteger os Seus salvos contra o domínio do pecado, as consequencias das aflições até do "toque" do maligno.
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(7)Só a Graça... Com isto, os Batistas não praticam e não incentvam rituais efêmeros e pagãos, ou intransigências, no intúito de promover santificação e aperfeiçoamentos nas pessoas. Jejuns, orações, cultos, ações de graças, Leitura da Bíblia, nunca são usados como meio de conseguir benefícios espirituais ou materiais, mas como formas edificativas ou de exaltação ao Senhor.
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OS PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE DEFENDEM
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Enquanto a Teologia Fundamental, que já vimos, distinguia os Batistas, em suas crenças práticas, de outras denominações hereges, como os Anabatistas não-bíblicos que existiam aos montes por todas as cidades e lugarejos, estes Princípios Básicos, por sua vez, os diferenciavam dos Reformadores e suas pregações. Estes Princípios é que não permitiram maior apoio aos líderes da Reforma Protestante por onde fossem aparecendo com seus ensinos bíblicos e revolucionários em afronta à Igreja Católica, de onde, na maioria, surgiram.
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Estes Princípios Básicos, ao contrário do que dizem muitos que preferem se enganar, de uma forma ou outra, estão totalmente embasados na Teologia Fundamental; por isto, são Princípios impossíveis de serem comungados por denominações não-bíblicas, e, mesmo de outra forma, encontrados em muitos dos Reformadores.
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(1)Aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta... isso tem a ver com a Teologia Fundamental, mas vai muito além. Para os Batistas só a Bíblia é quem determina sua prática cotidiana. Tudo que um Pastor, ou qualquer outro líder espiritual, entender como sendo ideal a ensinar ou esperar da igreja que lidera, deve estar no ensino bíblico. Sendo assim, as igrejas batistas se diferenciam das pentecostais, por não produzirem costumes místicos; diferenciam dos neo-pentecostais, por não produzirem costumes triunfalistas enganadores; diferenciam de adventistas e testemunhas de jeová, por não produzirem costumes intransigentes. Em relação à liturgia, este princípio ajusta uma prática não pagã, na busca de satisfação pessoal dos adoradores; estes é que devem se ajustar à adoração de Deus.
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(2)O Conceito de Igreja como sendo uma Comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas... Para os batistas, mesmo considerando a liderança pastoral como ungida e digna de obediência, notabiliza a democracia, a participação direta de todos, como essencial a se seguir confiante pela Vontade de Deus. Democracia requer, para que seja exercida com a máxima precaução que ela exige, o que a Bíblia chama de descência e ordem, e isto contraria toda a prática pentecostal, neo-pentecostal, adventista e testemunha de jeová; isso, também, contribui para os batistas se diferenciarem dos demais. Em relação à liturgia, esta "descência e ordem" faz com que se tenha um culto moderado, voltado a Deus, e não às necessidades carnais dos adoradores.
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(3)A separação entre igreja e Estado... Esta marca sempre notabilizou os batistas históricos em relação às outras denominações, inclusive os Reformadores Protestantes. O princípio não é a alienação política, mas o descomprometimento da igreja com a política em si. As igrejas batistas sempre foram cooperadoras com os Estados onde se localizam, principalmente na atuação social de suas igrejas, organizações e membresia. Os únicos motivos que os demais têm para estarem tão envolvidos com os govenos, é se beneficiarem materialmente, com os mais variados motivos, e o de serem, oficialmente, igreja de multidões. Assim, os batistas rejeitam, por este princípio, o benefício material que o Estado possa oferecer, buscando satisfazer seus interesses. Desta forma, e por causa disto, os btistas nunca tiveram interesse em ser igreja de multidões, mesmo por que, por causa desta visão anti-bíblica de multidões, eles sempre foram vítimas de todo aspecto de perseguição, por todos os cantos do mundo. Liturgicamente falando, uma igreja sem interesse de ser agradável a multidões, não abandona a seriedade de sua adoração, para atrair estas mesmas multidões desenfreadas e agradadas de enganos.
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(4)A absoluta liberdade de consciência... Os batistas defendem a não-dogmatização da fé, não concordam com conclusões fechadas sobre qualquer ensino bíblico, não querendo dizer que aceit. tudo. Defendem o direito de todos estudarem a Bíblia e terem suas próprias conclusões, mesmo que diferencie da sã-doutrina; cabendo ao interessado que assim proceder, identificar, também, a necessidade de ser coerente, saindo do meio que crer diferente de sua conclusão pessoal. Neste sentido é que há uma Declaração Doutrinária oficial, para que o indivíduo possa estar sempre analisando, estudando, questionando, e quando entender que não crer daquele jeito, tenha a hombridade cristã de sair, sem quebra da harmonia existente. Estes mesmos passos e motivação, fazem com que a liturgia batista, aceite as mudanças que se entendam apropriadas, mas determine a continuação da harmonia, com a saída dos novos e das novidades que venham romper a comunhão.
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(5)A responsabilidade individual diante de Deus... Os batistas acreditam que "cada um vai dar conta de si a Deus"; ninguém, nem instituição alguma, será capaz de responder por qualquer pessoa, espiritualmente, diante do Senhor. Todos têm o direito de questionar, buscar mudar, provocar, rejeitar, fazer o que achar melhor, com boa ou má intenção, desde que todo saibam que são inteiramente responsáveis, perante a Justiça do Senhor, de suas atitudes e ações. Da mesma forma que podem ser hereges, usando um direito pessoal, espiritual, qualquer um deve também sofrer ou se beneficiar com as consequencias do que venha pregar, viver, testemunhar. Nem satanás, nem heresia, nem pessoas, nem igreja, nem nada, podem ser usados por qualquer indivíduo, como álibe para justificar-se ante Deus e seu interesse de não permitir "escândalos" no seio da Igreja de Cristo. Tudo que gera divisão, separação, partidarismo, é escândalo. Em toda a história do cristianismo, e em alguns momentos em especial, como em nossos dias, a liturgia tem trazido grandes dificuldades em desunião, para a igreja de Cristo, e também, entre os Batistas.
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(6)A autenticidade e apostolicidade das igrejas... Para os batistas, a igreja é muito mais que uma reunião organizada de pessoas que se dizem salvas, é o próprio Corpo de Cristo. A existência da Igreja só é possível pelo fato da Vontade de Deus ser assim, como também, como consequencia do livre arbítrio, as pseudo-igrejas espalhadas pelo mundo. Em momento algum de sua história, elas foram mais ou menos espirituais; nunca foram maiores ou melhores, proporcionalmente, em muitos sentidos, que o seu início, ou hoje em dia. São enviadas, representantes do Cabeça, Jesus Cristo ao mundo, no sentido de pregadoras, testemunhas ou edificantes agrupamentos de convertidos. Em sua liturgia, também, afirmar que hoje há espaços para modismos desenfreados, por que os tempos são outros, é dizer asneiras, já que o culto é voltado para Deus, e este nunca mudou, foi adorado no tempo de Jesus, da mesma forma que no tempo de Moisés, ou Abraão.
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(7)Intensa e ativa cooperação entre suas igrejas... Os batistas, buscando harmonizar o paradoxo da autonomia democrática e o espírito de união denominacional, durante sua história, tem encontrado meios de promover comunhão e cooperação entre suas igrejas. Mesmo, a pesar, deste paradoxo, é uma das denominações mais missionária que o cristianismo já teve. De uma forma ou outra, numa situação ou outra, mesmo em culturas diferentes, as igrejas batistas se notabilizam, até mais que muitas denominações centralizadas, por serem unidas, principalmente, quanto à proclamação do verdadeiro evangelho salvador. Voltando para a liturgia, fator importante para a definição de identidade, os batistas, os verdadeiros batistas, tem "abrido" mão de muitas diferenças cultuais, de lugar para lugar, sempre que percebe o quanto isto vai prejudicar esta intensa cooperação entre suas igrejas.
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A DOUTRINA PENTECOSTAL QUE REJEITAM
(paganismo teocrático emocional, confusão ntre espiritualidade e emocionalidade, o pentecostal é no que é e faz, uma consequencia natural, espontânea do que crer)
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A DOUTRINA NEO-PENTECOSTAL QUE DISCORDAM
(paganismo humanista, o homem é um semi-deus, confusão entre espiritualidade e sucesso, o neo-pentecostal é no que é e faz, uma consequencia natural, espontânea do que crer)
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A DOUTRINA NÃO-FUNDAMENTALISTA QUE ENSINAM
(extremo-ortodoxo)
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A DOUTRINA NÃO-CONTEXTUALIZADA QUE VIVEM
(extremo-liberal - quer a liberdade batista e o descontrole)
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A DOUTRINA NÃO-ECUMÊNICA QUE PRESERVAM
(extremo-eclético)
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CONCLUSÕES FINAIS
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TIPOS DE COMUNHÃO BATISTA
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(1)Comunhão Respeitosa... em relação a todas as religiões.
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(2)Comunhão Cristã... em relação às denominações dentro do cristianismo.
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(3)Comunhão Evangélica... em relação às denominaçoes ditas evangélicas.
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(4)Comunhão Denominacional... em relaçao aos vários tipos dos chamados Batistas.
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(5)Comunhão Fraternal... em relação aos batistas da mesma fé e ordem.
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(6)Comunhão Local... em relação aos membros de uma mesma igreja.