NOVO EVANGELHO - Mary Schultze

Os Pregadores do “Novo Evangelho”

e a Paz Mundial



“Curam a ferida da filha do meu povo levianamente, dizendo: “Paz, paz, quando não há paz... Uma flecha mortífera é a língua deles; fala engano; com a sua boca fala cada um de paz com o seu próximo mas no seu coração arma-lhe ciladas.” (Jeremias 6:14; 9:8).

Declaração de uma autora novaerense: “Quando todos vocês conhecerem o seu potencial e puderem contar essa visão na TV, terão começado sua verdadeira obra no mundo” (“Christ”, Barbara Marx Hubbard).

Depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, vários defensores do “novo evangelho” da Global Renaissance Alliance (Aliança Global do Renascimento) começaram a aparecer nos shows da TV, focalizando diretamente os trágicos eventos.

Marianne Williamson - Foi entrevistada por Tom Brokaw, na NBC, por Oprah Winfrey, na CBS e por Larry King na CNN. Considerada como uma “erudita” em assuntos espirituais, Marianne parecia muito ansiosa em apresentar os seus pensamentos e ideias ao público americano, o qual estava em busca de respostas espirituais, logo após os eventos de 11/09. Desafiando os “eruditos” antigos, os membros da Aliança [inclusive Marianne] logo se tornaram diretos, munindo-se de autoridade, tornando-se até mesmo insistentes no que declaravam. A declaração unilateral de todos eles era: “Nosso mundo mudou; portanto, precisamos também mudar. Se quisermos ‘sobreviver como espécie’ devemos pensar de modo diferente sobre o mundo e sobre o futuro. Precisamos de um ’novo modelo’. Precisamos de ‘Paz’”.

No Larry King Show , depois do 11 de Setembro, ela foi recebida num prestigioso painel de convidados, o qual incluía três senadores, um ex-líder da maioria no Senado, um ex-Embaixador da ONU e um jornalista político muito conhecido. Sua inclusão nesse painel altamente político da CNN era um reflexo do seu novo status de comentarista espiritual e política. Isto mostra o quanto ela havia crescido em importância mundial, visto como sua última aparição acontecera em 1992, no Oprah Winfrey Show.

Apresentada por Larry King como uma líder espiritual, autora do livro “Healling the Soul of America” (Curando a Alma da América), Marianne falou confiantemente aos telespectadores o seguinte, sobre os eventos do 11/09:

“Todo problema traz em seu bojo a própria solução” [N.T.: Isto contraria o que a Bíblia nos ensina, pois nenhuma solução é trazida pelo pecado]. A maior parte do tempo de Marianne no show de King foi usada para pregar a paz mundial como um resultado dos atentados do 11/09. Ela explicou que a espiritualidade de cada um pode ser usada como uma “força” no sentido de criar a paz. [N.T.: Demonstra tremenda ignorância espiritual quem afirma que haverá paz no mundo, antes do Reinado Milenar de Cristo, em Jerusalém]. Ela prosseguiu, enfaticamente: “Precisamos assalariar a paz”, e continuou falando generalidades, sem realmente conseguir definir o significado de suas palavras e sem mencionar o livro “A Course in Miracles” (“Um Curso em Milagres”, de Helen Schucman), do qual havia colhido tais informações. Provavelmente, muitos telespectadores não tinham a menor ideia do que Marianne queria dizer com a palavra “paz”, pois ela se referia diretamente ao “Cristo” do “novo evangelho”. Este “Cristo” ensina que o próximo estágio de desenvolvimento de nossa vida espiritual é a verificação coletiva de que todos nós somos parte de Deus; um “Cristo” que admoesta que todos os que forem considerados incapazes de alcançar um nível espiritual mais elevado de sua natureza, reconhecendo que é parte de Deus, não terão lugar no futuro de “paz”; um “Cristo” que declara que qualquer pessoa que se opuser a esse processo de “paz”, deverá ser submetida a um “processo de seleção”. [N.T.: Estas idéias ecoam enfaticamente a solução programada por Adolf Hitler].

Continuemos a ler o que Marianne falou no Larry King Show, referindo-se aos eventos do 11/09:

“O desafio da raça humana é evoluir no próximo estágio do nosso desenvolvimento espiritual. Vocês sabem do que precisamos para curar as formas de pensamento e de sentimento que nos levam a criar as guerras... E a destruição em massa. Porque , no final, se quisermos sobreviver como ‘espécie humana’, precisamos nos tornar uma raça humana, para a qual a ideia de guerra deverá ser absolutamente inimaginável.

Precisamos assalariar a paz... Precisamos desmantelar o próprio ódio. O ódio é o nosso maior problema. Então, precisamos neutralizar as forças externas do ódio ou da ação militar, nas quais estejamos envolvidos.

Deus nos conduzirá a um nível mais elevado de nossa natureza, mas precisamos aprender a lidar com o espírito, com a parte tenebrosa do nosso espírito.

Precisamos nos amar mutuamente e nesse amor e na constatação de nossa interconexão, não apenas estaremos encontrando um caminho para curar o mal que aconteceu, mas para suportar o que está agora acontecendo, a fim de podermos transformar tudo isso, imediatamente.

Quando o presidente falou que precisamos pensar de modo diferente, porque este é um novo tipo de guerra, devemos fazê-lo porque este é um mundo novo. Precisamos pensar e amar de modo diferente”.

Larry King encerrou a entrevista de Marianne, dizendo aos telespectadores que “todos se sentiam melhores, depois de terem escutado o que Marianne Williamson havia falado.” [N.T.: Quanto sofisma e quanta ignorância da verdade bíblica!].

No Oprah Winfrey Show, Marianne repetiu as mesmas sandices, detendo-se no termo “Atonement” (“Reparação”), dando a este uma significação totalmente diferente da que é dada pela Bíblia. Ela disse que a doutrina do “Atonement” significa “At-one-ment” (= Uma só mentalidade), conforme o “novo evangelho”, e disse que não apenas como indivíduos, mas também como nação, precisamos desse “Atonement”. Isto significa que devemos pedir que Deus não apenas abençoe a América, mas também o mundo inteiro e que Ele nos cure, permitindo-nos conhecer o que precisamos conhecer.

Marianne não conseguiu esclarecer devidamente o que os telespectadores precisavam saber sobre a significação de “Atonement”, nem o que este termo significa realmente no livro “Um Curso em Milagres”. Neste livro, entende-se que “Atonement” significa ver a si mesmo e aos outros como uma parte de Deus. E que, quando isto acontecer, veremos que tudo e todos, - inclusive você - somos “Deus”. [N.T.: Hinduísmo puro]. Na p. 98 do livro “Um Curso em Milagres”, lemos o seguinte:

“A completa significação de ‘Atonement’ é, portanto, o reconhecimento de que a separação nossa de Deus jamais aconteceu”. [N.T.: Com isso, Gênesis 3 é ostensivamente negado; Adão e Eva nunca pecaram e, portanto, continuamos unidos diretamente a Deus, quando reconhecemos esta “verdade” e que Jesus Cristo fez uma viagem sem qualquer significação a este mundo pecador].

A significação maior da pregação de Marianne é que a “paz” somente acontecerá na América (e no mundo) através do “Atonement”, ou seja, quando todos tiverem a mesma mente. Vejamos como isto é descrito na p. 175 do livro “Um Curso em Milagres”:

“Ninguém vai viver em paz, enquanto não conseguir o “atonement”, porque este é o caminho da paz” [N.T.: Quem sabe se os 500.000 caixões de plástico que o governo americano mandou fabricar (na Geórgia, conforme http://www.polyguardvaults.com/index.cfm?ID=9) e o cemitério, que está sendo preparado, no deserto americano, com capacidade para este mesmo número de mortos, não sejam um indício da seleção visualizada nos livros que pregam o “novo evangelho”? A Nova Era tem uma seleção programada e ai de quem estiver vivo neste planeta e discordar do “novo evangelho”].

Após ter apresentado esta ideia sobre o “Atonement”, Marianne contou como está se reunindo com muitos outros seguidores do “novo evangelho” , em ‘grupos de células’ [N.T.: Eu sempre detestei esta expressão, que tem sido usada e abusada nas igrejas evangélicas, desde que o livro “Quarta Dimensão”, de Paul (David) Yonggi Cho, tornou-se um bestseller]. Ela explicou que se trata de “células de paz”, para orar pela “paz mundial”. E acrescentou que as pessoas se unem pelo coração, através da meditação e da oração, começando a criar um amoroso “campo de energia”, o qual anula o ódio e a negatividade, que estão sendo gerados no mundo. Disse ainda que, quando muitas pessoas se reúnem, conscientemente, para criar e desenvolver a “paz”, o poder desse campo de “energia magnética” aumenta consideravelmente, dirigindo as pessoas para o “bem” mundial.

O processo desse “Atonement” do “novo evangelho” é totalmente contrário ao “Atonement” (= Reparação) feito por Jesus Cristo na cruz do Calvário. Cristo ali morreu por toda a humanidade. Ele fez isso para que o mundo se reconciliasse com Deus (Romanos 5:6-11 e 2 Coríntios 5:21).

Explicando que “todo problema traz em seu bojo a própria solução”, Marianne Williamson afirmou:

“Acho que não devemos subestimar quanto bem poderá emergir de nossas simples conversas com os outros e de nos conscientizarmos da necessidade do “atonement”, quero dizer, um “atonement” nacional, e imagino que as pessoas no mundo inteiro devem sentir exatamente o mesmo... tenho me envolvido com muitas pessoas que se sentam em grupos de oração e meditação, conversando cordialmente sobre tudo que aconteceu. Ouço falar de ‘células terroristas’... Então, precisamos criar ‘células de paz’; um antídoto contra a violência é a criação de um campo de não violência, de um ‘campo de paz’... Temos dentro de nós mesmos uma força muito mais poderosa do que a força das armas. O poder do amor pode ser fortalecido. Fortaleçamos nosso amor, para que ele se torne uma força social para o bem... A oração é um condutor de milagres. ... e como o amor desmantela o ódio, precisamos usar, exatamente agora, o amor”...

Durante a entrevista, Marianne informou aos telespectadores que ela faz parte de uma organização internacional de vigília de oração e que os telespectadores realmente interessados na ‘paz mundial’ poderiam participar da mesma. Ela esclareceu que, quando nos envolvemos numa vigília de oração, sentimos o poder. A maioria dos telespectadores, sem dúvida alguma, não tinha a menor ideia de que a “unidade” (Atonement), já sincronizada nesse tipo de oração, está preparando literalmente o plano de paz do “Cristo” do “novo evangelho”. Por exemplo, fomos advertidos por Marianne de que toda a humanidade “deve ser ligada, conscientemente, no modelo comum do pensamento pela paz, a fim de evitar o Armagedom” [N.T.: Jesus declarou em João 10:35 que “A Escritura não pode ser anulada”. Portanto, o Armagedom é inevitável].

Usando uma bela metáfora, a fim de introduzir mais conceitos sobre a “unidade”, Marianne descreveu como pequenos grupos têm se unido em pensamento de amor, formando os elos de uma corrente, para nos ajudarmos emocional e espiritualmente. Usando outra metáfora, ela também desenvolveu o conceito de “unidade” do “novo evangelho” como uma “fabricação” e o povo da nação como uma “onda” dessa fabricação da paz. E concitou a que nos tornemos uma “onda gigante”. Que sejamos uma “onda livre”, a fim de que sejam neutralizadas as “trevas” que envolveram o mundo; a fim de nos tornarmos “células de paz” e podermos construir uma profunda intercomunicação, orando, meditando e visualizando coletivamente um mundo cheio de paz.

Ela afirma que o “medo” é apenas a ausência de amor e que através da oração e da meditação, compartilhadas em grupos, as pessoas irão sentir que o medo está diminuindo.

Marianne encerrou suas observações no Oprah Winfrey Show afirmando que "nosso caminho não deu certo” e sugerindo aos telespectadores que “deve existir outro caminho”. Que devemos considerar “novos meios” e “novas dimensões de poder”, a fim de alcançarmos a paz. Suas afirmações confiantes e cheias de autoridade deixaram nos telespectadores a impressão de que o “Deus” a quem Marianne estava orando irá trazer, definitivamente, a “paz” para o mundo conturbado, se muitas pessoas se unirem para meditar em favor da “paz”: “Aqui se encontra o caminho pela fé, confiando em que nós, com o poder espiritual gerado pela oração, com o amor divino a nós dirigido... E quando pedimos um milagre, uma coisa como a tragédia do 11/09 não vai mais acontecer. Marianne mostra que o nosso caminho não tem funcionado e que milagres acontecem, quando consideramos a possibilidade de que existe outro caminho. E quando nos sentamos em silêncio e jogamos o amor divino sobre uma determinada situação, fazendo-o em comunhão com os outros, isto vai gerar a paz em nossos corações, em nossas consciências e em nossas orações, a qual nenhum poder mundial pode expressar... É tempo de se encontrarem novos meios e novas dimensões de poder, a fim de serem complementados os meios seculares de poder. Isto se faz necessário, imediatamente.”

[N.T.: Obs. - Leiam suas Bíblias, agora mesmo, para neutralizar as sandices religiosas que Marianne Williamson ensina, das quais fizemos um resumo, pois escrever tudo seria colaborar com esta heresia novaerense.]



Quem visita o website da Aliança Global, encontra o “Manual” da Aliança, o qual ensina como ter acesso aos “círculos de cidadania” (células de paz). Junto ao Manual, encontra-se a meditação dirigida em favor da ‘paz mundial’, bem como instruções sobre como cada grupo pode visualizar e orar, com melhor resultado, pela paz mundial. O site da Aliança inclui outro livro de Marianne Williamson, “A Return To Love: Reflections Of The Principles Of The ‘A Course in Miracles’; “Conversations With God”, de Donald Walsch, e o “Revelation: A Message of Hope for the New Millennium”, de Barbara Marx Hubbard.

O objetivo precípuo da Nova Era é o extermínio do povo judeu e do Cristianismo Bíblico, para que o seu “Cristo” (cósmico) possa reinar. Contudo, a Bíblia nos garante:

“Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR”. (Isaías 54:17).





Trabalho embasado no capítulo 7 - The New Gospel Campaign for Peace - do livro “Reinventing Jesus Christ”, de Warren Smith.

Mary Schultze, 21/09/2009.

http://www.maryschultze.com/news.php?readmore=102