Meus queridos: Recebi de um desconhecido um E-mail elogiando os artigos de minha autoria sobre os batistas, na revista Compromisso, e perguntando se a Declaração doutrinária da CBB defende a expiação de Cristo ou a eleição. Gostaria de compartilhar a minha sucinta resposta com o grupo. Antes da resposta informei que coincidentemente estou exatamente agora trabalhando em mais um livro, intitulado Um povo chamado batista: história, princípios e influência, que deverá cobrir a deficiência que temos em português de livros escritos de forma didática e sistemática sobre a nossa história. Hoje mesmo dei mais uma olhada em nossa Declaração. Sobre a expiação universal de Cristo não há uma afirmação tão clara como acontece com o princípio calvinista da segurança dos salvos, como está escrito objetivamente no item VI: “A salvação do crente é eterna. [...] Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus. [...] A eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação”. Por outro lado, sobre a expiação universal de Cristo, que é um princípio arminiano, está escrito a respeito da salvação no item V: “É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens” (o grifo é meu). Já que isso acontece, Cristo morreu po r todos e não apenas por alguns. Também se vê nas entrelinhas do item XIII o mesmo princípio, quando o documento apresenta a responsabilidade da evangelização estendida “até aos confins da terra”. Assim a minha resposta à indagação feita é positiva para os dois itens, pois tanto a eleição como o princípio da expiação de Cristo estão na Declaração, assim como no coração dos batistas brasileiros. O verso considerado como texto áureo da Bíblia diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16 – o grifo é meu). Mais uma vez repito que desde o início de nossa história houve batistas arminianos e batistas calvinistas. Todavia, os batistas da CBB não são nem arminianos nem calvinistas, uma vez que defendem a segurança dos salvos e também a expiação universal de Cristo. Independentemente da soberania e presciência de Deus, sou salvo porque cri, e é meu dever anunciar a graça de Deus a todos os homens, pois o seu sacrifício foi para todos. “Notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17.30). A mensagem do Senhor é esta: “Não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei” (Ez 18.32). Aleluia!!! Zaqueu Moreira de Oliveira |
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