Em "Os Segredos do Pai-Nosso" o autor expressa que Deus necessita de
nossas orações porque é um ser solitário. Na página 24, capítulo 2, A
Solidão de Deus, Augusto Cury descreve da seguinte maneira: "A oração
do Pai-Nosso: O grito da solidão de Deus. A análise da primeira
palavra da oração de Jesus expressa um grito que ecoa além dos limites
do espaço e do tempo. Ao começar a ensinar o mais excelente diálogo
entre o ser humano e o Autor da existência, o Mestre dos Mestres usou
a palavra Pai. Essa pequena palavra contém alguns segredos
importantíssimos. O primeiro segredo entra frontalmente na esfera da
psicologia e da sociologia: Deus possui uma intensa e dramática
solidão"!
Ainda, segundo sua perspectiva, ele entende que quando oramos a
'Oração do Pai Nosso', é porque Deus está carente. Ele diz: "A
carência afetiva desse complexo Pai só pode ser resolvida se tiver
filhos com uma personalidade tão complexa quanto a sua e que sejam
capazes de interagir com Ele e construir uma rede de relacionamentos".
Confesso que achei interessante a expressão: "Deus possui uma intensa
e dramática solidão". Segundo o autor somente as nossas orações
dissiparão Sua solidão. Tenho dúvidas nesta expressão. Não sei se é
correto pensar assim.
Por outro lado, penso que há um dado positivo em seu livro, quando o
autor separa a psicologia da fé.
Na página 21, ele afirma: "Respeito todo e qualquer tipo de crença e
religião, mas, como disse, não discorrerei sobre a religião. A única
defesa que farei é de uma mente livre para debater as idéias. Quando a
fé inicia, a ciência se cala. A fé transcende a lógica, é uma
convicção em que a dúvida está ausente. Por sua vez, a ciência emerge
da dúvida. Quanto maior for a capacidade de duvidar e de questionar um
fenômeno, maior será o processo de observação e investigação. Maior a
arquitetura da resposta". E na página 23, ele reafirma: "O`Pai-Nosso é
uma caixa de segredos. É preciso abri-la".