Salmo 116:15 e a infelix Tradução da NVI
Texto e Contexto do Salmo 116:15 e a infelix Tradução da NVI
Autor: Agnaldo Leite
Manuscrito do Livro de Salmos
יָקָר, בְּעֵינֵי יְהוָה-- הַמָּוְתָה, לַחֲסִידָיו
תהלים קטז: טו
O texto de conhecimento de todos diz: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” O versículo da chamada Nova Versão Internacional diz: “O Senhor vê com pesar a morte dos seus fiéis.” O texto hebraico diz: “Iakar bê-êinêi Ieováh há-mavetáh la-Hassidaiv” – É preciosa à vista do Senhor a morte dos seus santos (devotos, fiéis, piedosos). O termo principal a ser enfocado é “IAKAR”. Em colocação estranha e prejudicial, o Salmo 116:15, na chamada “Nova Versão Internacional” (NVI), diz “O senhor vê com pesar a morte dos seus fiéis”.
Diga-se, a priori, tratar-se de uma tradução “inventada”, truncada e infeliz. Aliás, forçoso é lembrar que na verdade não é tradução “ípsis litteris” e, sim, uma aventura arriscada de fazer o uso de um dos sentidos da palavra que jamais seria prioritário no espírito do texto e seu contexto.
De pronto, há de ser refeita a declaração: “O Senhor vê”, por ser uma expressão estranha que também não está no texto original.
E a errada versão da “NVI” diz: “o Senhor vê com pesar...” Pergunta-se: vê com pesar o quê? Sua resposta: “a morte de seus fiéis.”
Imaginar um pregador do Evangelho ministrando num velório e usando essa versão. Sim, “pesar” e tristeza no céu e na terra?
No hebraico, a palavra é IAKAR – do verbo LIKOR, significando ser estimado, ser querido, ser precioso e, com sentido último, ser pesado. O adjetivo “IAKAR” é empregado como caro, precioso, raro, querido (Rivka Berezin, Dic. Hebraico. Port – Edusp).
L. A.SCHOKEL define IAKAR como: valioso, precioso, custoso, de qualidade, excelente, magnífico, caro, raro (Dic-Bib.Heb-Port.).
GESENIUS define “IAKAR” como: precioso (e cita, de plano, Salmo 116:15); querido ( Salmo 45:10); “pesado” (e, acertadamente, cita Eclesiastes 10:1b -“pesa mais a honra do que a sabedoria”) e assim por diante.
O Dicionário Heb.-Port. (Aramaico-Port/Sinodal-Vozes) define “IAKAR” como raro, precioso, caro, de valor, nobre.
O Dic. Internac. de Teol. do A.Test. (Ed. V. Nova) diz: “IAKAR” – precioso, raro, esplêndido. E prossegue: “em Jó 31:26 a palavra é empregada na expressão “a lua que caminhava esplendente” “.
A riqueza do vocábulo “IAKAR” neste versículo, não pode, nunca, apontar para um possível pesar para Deus, diante da morte dos seus santos, fiéis, piedosos (“Hasid”). O contexto amplo da morte do justo, consoante o Novo Testamento, jamais apontaria para um Deus com um coração pesaroso, recebendo, na suas mansões celestiais, o vitorioso redimido pelo sangue do Cordeiro! De antemão, também, tem-se o conhecimento de que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 18:23,32; 33:11). Na verdade, a ilação clara é a de que a morte do ímpio é um peso para o coração de Deus! Sim, “Deus vê com pesar a morte do ímpio”!
Dentro da conhecida análise léxico-sintática do estudo do significado da palavra, tomada isoladamente, mas, no foco, sua combinação (sintaxe), como real subsídio de precisão, perseguindo o propósito que o autor quis dar, pode-se dizer que a força de uma palavra isolada, bem aplicada, tem a sua coroação no contexto geral do mesmo tema ou de assunto correlato, “comparando as coisas espirituais com as espirituais” (I Corintios 2:13) -, e assim, tem-se a chamada ‘diacronia’, um texto e sua verdadeira significação.
O Novo Testamento é rico sobre a morte do justo, sem nenhuma conotação mórbida de pesar, que envolveria a idéia de tristeza, abatimento, mágoa, arrependimento e sobrecarga de espírito (Dic. Houaiss). É conveniente lembrar que pesar, tristeza ou mesmo a dor da separação, tudo pode recair sobre os familiares e amigos de quem partiu para estar com o seu Senhor. O apóstolo Paulo aponta a entrada da morte pelo pecado: “e pelo pecado (entrou), a morte” (Romanos 5:12). Mas, em I Coríntios 15:53-57, ele apresenta a vitória da ressurreição sobre a morte. Ele mesmo disse em Filipenses 1:23 que estar com Cristo "é ainda muito melhor”. E Pedro fala da naturalidade da morte dizendo que o Senhor em breve haveria de recolhê-lo. O conceito de Jesus sobre a morte era de sono (não no conceito de Lutero falando em sono da alma). A Carta aos Hebreus lembra que Deus em Cristo efetuou uma eterna redenção (9:12) e no capítulo 2:14, aponta a morte aniquilada (sem efeito) diante daquele que tinha o “império da morte, isto é, o diabo”.
De fato, bem ao contrário da contundente declaração do Salmo 116:15, “custa caro” aos olhos e ao coração de Deus, ver o ímpio morrendo na sua impiedade, sem luz, sem o Zoe de Deus (a vida de Deus), sem o Zoe Aionios (vida eterna: uma qualidade de vida, com valores sobrenaturais). Mas, a julgar pela morte de Lázaro (Lucas 16:22), sendo escoltado pelos anjos do Senhor ao Seio de Abrão (3º Céu, Paraíso, “Casa do meu Pai”), grande será alegria de Deus ao receber o justo, que teve um preço muito caro (lembrar, aqui, que não “custa aos olhos de Deus” e, sim, CUSTOU a morte cruel do seu Filho Único na cruz do Calvário!), como fruto vitorioso da morte do seu Cordeiro.
Autor: Agnaldo Leite
Manuscrito do Livro de Salmos
יָקָר, בְּעֵינֵי יְהוָה-- הַמָּוְתָה, לַחֲסִידָיו
תהלים קטז: טו
O texto de conhecimento de todos diz: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” O versículo da chamada Nova Versão Internacional diz: “O Senhor vê com pesar a morte dos seus fiéis.” O texto hebraico diz: “Iakar bê-êinêi Ieováh há-mavetáh la-Hassidaiv” – É preciosa à vista do Senhor a morte dos seus santos (devotos, fiéis, piedosos). O termo principal a ser enfocado é “IAKAR”. Em colocação estranha e prejudicial, o Salmo 116:15, na chamada “Nova Versão Internacional” (NVI), diz “O senhor vê com pesar a morte dos seus fiéis”.
Diga-se, a priori, tratar-se de uma tradução “inventada”, truncada e infeliz. Aliás, forçoso é lembrar que na verdade não é tradução “ípsis litteris” e, sim, uma aventura arriscada de fazer o uso de um dos sentidos da palavra que jamais seria prioritário no espírito do texto e seu contexto.
De pronto, há de ser refeita a declaração: “O Senhor vê”, por ser uma expressão estranha que também não está no texto original.
E a errada versão da “NVI” diz: “o Senhor vê com pesar...” Pergunta-se: vê com pesar o quê? Sua resposta: “a morte de seus fiéis.”
Imaginar um pregador do Evangelho ministrando num velório e usando essa versão. Sim, “pesar” e tristeza no céu e na terra?
No hebraico, a palavra é IAKAR – do verbo LIKOR, significando ser estimado, ser querido, ser precioso e, com sentido último, ser pesado. O adjetivo “IAKAR” é empregado como caro, precioso, raro, querido (Rivka Berezin, Dic. Hebraico. Port – Edusp).
L. A.SCHOKEL define IAKAR como: valioso, precioso, custoso, de qualidade, excelente, magnífico, caro, raro (Dic-Bib.Heb-Port.).
GESENIUS define “IAKAR” como: precioso (e cita, de plano, Salmo 116:15); querido ( Salmo 45:10); “pesado” (e, acertadamente, cita Eclesiastes 10:1b -“pesa mais a honra do que a sabedoria”) e assim por diante.
O Dicionário Heb.-Port. (Aramaico-Port/Sinodal-Vozes) define “IAKAR” como raro, precioso, caro, de valor, nobre.
O Dic. Internac. de Teol. do A.Test. (Ed. V. Nova) diz: “IAKAR” – precioso, raro, esplêndido. E prossegue: “em Jó 31:26 a palavra é empregada na expressão “a lua que caminhava esplendente” “.
A riqueza do vocábulo “IAKAR” neste versículo, não pode, nunca, apontar para um possível pesar para Deus, diante da morte dos seus santos, fiéis, piedosos (“Hasid”). O contexto amplo da morte do justo, consoante o Novo Testamento, jamais apontaria para um Deus com um coração pesaroso, recebendo, na suas mansões celestiais, o vitorioso redimido pelo sangue do Cordeiro! De antemão, também, tem-se o conhecimento de que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 18:23,32; 33:11). Na verdade, a ilação clara é a de que a morte do ímpio é um peso para o coração de Deus! Sim, “Deus vê com pesar a morte do ímpio”!
Dentro da conhecida análise léxico-sintática do estudo do significado da palavra, tomada isoladamente, mas, no foco, sua combinação (sintaxe), como real subsídio de precisão, perseguindo o propósito que o autor quis dar, pode-se dizer que a força de uma palavra isolada, bem aplicada, tem a sua coroação no contexto geral do mesmo tema ou de assunto correlato, “comparando as coisas espirituais com as espirituais” (I Corintios 2:13) -, e assim, tem-se a chamada ‘diacronia’, um texto e sua verdadeira significação.
O Novo Testamento é rico sobre a morte do justo, sem nenhuma conotação mórbida de pesar, que envolveria a idéia de tristeza, abatimento, mágoa, arrependimento e sobrecarga de espírito (Dic. Houaiss). É conveniente lembrar que pesar, tristeza ou mesmo a dor da separação, tudo pode recair sobre os familiares e amigos de quem partiu para estar com o seu Senhor. O apóstolo Paulo aponta a entrada da morte pelo pecado: “e pelo pecado (entrou), a morte” (Romanos 5:12). Mas, em I Coríntios 15:53-57, ele apresenta a vitória da ressurreição sobre a morte. Ele mesmo disse em Filipenses 1:23 que estar com Cristo "é ainda muito melhor”. E Pedro fala da naturalidade da morte dizendo que o Senhor em breve haveria de recolhê-lo. O conceito de Jesus sobre a morte era de sono (não no conceito de Lutero falando em sono da alma). A Carta aos Hebreus lembra que Deus em Cristo efetuou uma eterna redenção (9:12) e no capítulo 2:14, aponta a morte aniquilada (sem efeito) diante daquele que tinha o “império da morte, isto é, o diabo”.
De fato, bem ao contrário da contundente declaração do Salmo 116:15, “custa caro” aos olhos e ao coração de Deus, ver o ímpio morrendo na sua impiedade, sem luz, sem o Zoe de Deus (a vida de Deus), sem o Zoe Aionios (vida eterna: uma qualidade de vida, com valores sobrenaturais). Mas, a julgar pela morte de Lázaro (Lucas 16:22), sendo escoltado pelos anjos do Senhor ao Seio de Abrão (3º Céu, Paraíso, “Casa do meu Pai”), grande será alegria de Deus ao receber o justo, que teve um preço muito caro (lembrar, aqui, que não “custa aos olhos de Deus” e, sim, CUSTOU a morte cruel do seu Filho Único na cruz do Calvário!), como fruto vitorioso da morte do seu Cordeiro.