O Frio Deus do livro “A Cabana”

“The Shack” (A Cabana) tem ocupado o primeiro lugar na lista de bestsellers do New York Times, sendo uma narrativa de ficção, que ocupou durante nove meses o número sete em preferência no Amazon e o número seis no Barnes & Noble. Até o mês de janeiro deste ano, cinco milhões de cópias haviam sido vendidas. O livro está sendo traduzido em 30 línguas e um filme está sendo produzido. [N.T. - O povo evangélico emergente adora qualquer coisa que possa diluir o Evangelho verdadeiro, para continuar sentindo-se à vontade com os seus pecados de estimação].

Embora o autor do livro, William Paul Young, não seja membro de igreja alguma e até evite ser chamado cristão, e embora suas doutrinas sobre Deus sejam grosseiramente heréticas, a novela está sendo apresentada como se tratando de um livro de auxílio cristão. “A Cabana” tem sido endossado pelo Club 700 de Pat Robertson, pelo artista da CCM, Michael W. Smith, por Eugene Peterson (professor do Regente College e autor da Bíblia “The Message”), Mark Baterson (pastor sênior da National Community Church, Washington, D.C.), Wayne Jacbson, autor da obra “So, You Don’t Want to Go to Church Anymore”), Gayle Erwin, da Calvary Chapel, James Ryle, do movimento Vineyard Churches, Greg Albrecht, editor da revista “Plain Truth”, dentre muitos outros.

Young foi um dos preletores na Convenção dos Pastores Nacionais, em San Diego (CA), patrocinada pela Zondervan e pela InterVarsity Fellowship. Os 1.500 que freqüentaram a Convenção eram pastores e obreiros cristãos. Outros preletores foram Bill Hybels, Leighton Ford, Brian McLaren e Rod Bell . [N.T. -Todos eles são líderes na igreja emergente]. Young teve sua própria vez na Conferência e foi entrevistado em uma das sessões gerais por Andy Crouch, um editor sênior da “Christianity Today” [N.T. - Uma revista totalmente posicionada em favor da igreja emergente]. Dizem que 57% dos que assistiram à Conferência haviam lido “A Cabana” e Young foi ali entusiasticamente recebido. Crouch tratou Young como um companheiro crente e não deu o menor sinal de que houvesse no livro algum problema prejudicial de teologia pela maneira como Deus é retratado no livro. Quando Young disse: “Não me sinto responsável pelo fato de que ele (o livro “A Cabana”) esteja indo contra os paradigmas das pessoas” , ou de como as pessoas pensem a respeito de Deus, a multidão respondeu com palmas, aprovação e risos. A igreja emergente adora contradizer as doutrinas bíblicas tradicionais, sem sentir o menor temor de Deus, quando faz isso.

Young nasceu em Alberta, em 1955, mas passou os primeiros dez anos de sua vida em Papua, Nova Guiné, com os seus pais missionários, os quais estavam ministrando ao remanescente do grupo tribal chamada Dani. Ele se graduou no Warner Pacific College, o qual é filiado à Igreja de Deus (Anderson, Indiana), com um diploma em religião.

Em “A Cabana”, Young apresenta o tradicional Cristianismo Bíblico como sendo hipócrita e injurioso. O personagem principal do livro cresce sob “rígidas regras” e seu pai, que ocupava o ofício de ancião na igreja, era um “bêbado às ocultas” e tratava a família com crueldade, quando estava bêbado. (p. 7). A hipocrisia é muito prejudicial à causa de Cristo, mas a hipocrisia da parte dos cristãos não desmerece a Bíblia. “Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem” (Rom. 3:4). Mais que frequentemente, esse tipo de coisa é usado como uma desculpa pelos rebeldes. Sei disso por experiência pessoal. Em minha juventude, eu me aproveitava de certas circunstâncias nas igrejas batistas, a fim de desculpar minha rejeição pela igreja. Contudo, o problema principal não era a hipocrisia dos outros, mas a minha própria rebelião e amor pelo mundo. Quando me arrependi da minha iniquidade, aos 23 anos, voltei para Cristo e recebi a Bíblia como sendo a santa Palavra de Deus, deixei de censurar os outros e assumi minha responsabilidade diante de um Deus Todo Poderoso. Regras e obrigações sob a graça de Deus não são errôneas. Elas fazem parte integral do Cristianismo bíblico. Somos salvos pela graça, sem as obras, mas somos salvos para operar boas obras (Efésios 2:8-10). As epístolas do Novo Testamento estão repletas de regras e obrigações que os crentes devem observar e cumprir, com admoestações contra a desobediência. A legítima graça de Deus não nos permite viver como bem desejamos. Em vez disso, a Bíblia nos ensina que: “... a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente...” (Tito 2:11-12).

Existe hipocrisia dentro das igrejas e também falsos evangelhos embasados na Lei, em vez de na graça de Deus; mas a solução não é rejeitar a interpretação literal da Escritura, nem criar um novo Deus. O nosso Deus é admiravelmente compassivo e amoroso e comprovou esta verdade na Cruz; mas Ele também é Santo e Justo, exigindo obediência. Ele odeia e castiga o pecado, um lado de Deus que não pode ser ignorado, sem que seja criado um novo Deus. A carne se ressente muito da santidade de Deus. Posso dar testemunho a respeito disso. Vez por outra, em minha vida cristã, eu me desencorajava a respeito de Deus. Não é fácil reconciliar o amor e a graça de Deus com a Sua tremenda santidade e justiça. De um lado, o Novo Testamento nos diz que o crente é perdoado, redimido, justificado, aceito, amado e “abençoado com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3), mas por outro lado, o NT nos diz que o crente deve ter o máximo cuidado sobre como viver diante de Deus. “... pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios 7:1), sendo este o modelo admissivelmente mais elevado. O crente que não se esforça neste sentido corre o perigo de ser julgado (Ver 1 Coríntios 3:13-17; 9:26-27; 11:27-32; Hebreus 13:4; 2 João 8-11; Apocalipse 2:4-5, 16, 22, 23; 3:15-16). Existe até um pecado para a morte (1 João 5:16-17; Atos 5:1-11; 1 Coríntios 11:30). Desse modo, deve haver muitas admoestações sobre a vida cristã (Atos 20:31; Colossenses 1:28; 2 Timóteo 4:2; Tito 1:13; 2:15). Estas coisas parecem contraditórias à carne decaída e ao homem natural, mas elas constituem os dois lados do mesmo Deus compassivo, três vezes Santo, e rejeitar qualquer uma delas é rejeitar o verdadeiro Deus, substituindo-O por um ídolo.

Numa entrevista ao Club 700, em fevereiro de 2009, um jovem descreveu um “enorme fracasso pessoal” em sua vida de 38 anos de idade. Ele contou: “Minha vida desmoronou e acabou; precisei resolver um certo assunto de ser um menino no campo missionário, junto com outro assunto de minha vida”. Ele falou de “segredos” que guardou desde a infância e da culpa que carregou. Ele não forneceu detalhes, mas parece que era culpado de não obedecer a Deus e chegou a ponto de apelar à psicoterapia. Ela falou continuamente de dor, prejuízo, cura de memórias infelizes e coisas assim.



Redefinindo Deus



“A Cabana” tenta redefinir Deus. Young tem dito que o livro se destina aos que têm “um anseio de que Deus seja bondoso e amoroso, conforme desejamos” (Entrevista com Sherman Hu, 04/12/2007). Aqui ele se refere ao desejo do homem natural por um Deus que ame “incondicionalmente”, não exija obediência alguma, nem arrependimento, não condene o pecado, nem faça com que os homens se sintam culpados pelos seus atos.

Na mesma entrevista, Young disse que certa mulher lhe escreveu, contando que sua filha de 22 anos chegou para ela, após ter lido o livro, e perguntou: “É correto eu me divorciar de Deus para me casar o novo?” Desse modo, Young admite que o Deus de “A Cabana” é diferente do Deus que “do lugar da sua habitação contempla todos os moradores da terra” (Salmo 33:14), sendo uma versão cristianizada do deus mitológico Zeus. Isto me faz lembrar o modernista G. Bromley Oxnam, que chamou Deus “um rufião sujo”, em seu livro de 1944, “Preaching in a Revolutionary Age” (Pregando numa Era Revolucionária).

“A Cabana” explora o assunto da razão pela qual Deus permite a dor e o mal. Trata-se de uma narrativa de ficção muito amarga, contra Deus, da parte do personagem principal, cuja filha mais jovem foi assassinada. Ele volta à cena do crime, uma velha cabana no meio da floresta, onde tem um encontro com Deus e uma mudança de vida. Contudo, o Deus que ele encontra não é o Deus da Bíblia.

Young descreve o Deus Trino como uma jovem mulher asiática chamada “Sarayu” (supostamente o Espírito Santo); um carpinteiro oriental que ama a boa vida (supostamente Jesus) e uma mulher negra e idosa chamada “Elousia” (supostamente Deus Pai). Este Deus Pai é descrito como tendo uma cauda de pônei ou um ursinho (O nome Sarayu provém das escrituras hinduístas representando um mítico rio da Índia, em cuja margem teria nascido o deus Rama).

O Deus de Young é o deus da igreja emergente. Ele é frio; gosta de rock, não julga pessoa alguma; não se ira contra o pecado, nem envia os incrédulos para o fogo eterno do inferno; não exige arrependimento, nem o novo nascimento; não impõe obrigação alguma sobre as pessoas; não gosta das igrejas bíblicas tradicionais, nem aceita a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e nem mesmo se incomoda que os primeiros capítulos de Gênesis sejam vistos como um “mito”.

Vejamos algumas citações do deus de “A Cabana”:



“Não se sinta obrigado a coisa alguma. Isto não conta ponto algum por aqui. Continue fazendo o que você quer fazer” (p. 89).

Isto entra em contradição com a 1 Coríntios 4:2, com Isaías 13:11 e Efésios 5:5-6.



“Existe uma porção de gente que imagina que ele (o Éden) foi apenas um mito. Ora, este erro não é fatal. Rumores da glória estão muitas vezes ocultos no interior do que muitos consideram mitos e contos” (p. 134).

Isto contradiz a 2 Pedro 1:16.

”[Seu coração] é bravo e belo e perfeitamente em progresso” (p. 138).

Isto contradiz Jeremias 17:9 e Marcos 7:21-23.



“Impor minha vontade sobre alguém é exatamente o que o amor não faz”... O verdadeiro amor nunca força” (pp. 145, 190).

Isto contradiz João 8:31-32; 14:15; Tito 2:11-12; Hebreus 12:5-11; Apocalipse 2:14-16, 20-23; 3:3, 16-19).



“Nosso destino final não é a imagem do céu que se tem na cabeça... Você sabe, a imagem de portões de pérolas e ruas de ouro”. (p. 177).

Isto contradiz Apocalipse 21-22.



“Minha igreja se preocupa demais com as pessoas e a vida se resume em relacionamentos. ... Você não pode construí-la. Eu não crio instituições... nunca, nunca, farei isto” (pp. 178. 179).

Isto contradiz Atos 2:41-42, 13-14).



“Aqueles que me amam vêm de cada sistema que existe. São budistas ou mórmons; batistas ou muçulmanos; democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer manhã dominical ou de instituições religiosas... Não tenho pretensão alguma de torná-los cristãos” (p. 182).

Isto contradiz Atos 4:12; 26:28.



“Pela sua morte e ressurreição, agora estou totalmente reconciliado com o mundo... O mundo inteiro... Em Jesus, perdoei todos os humanos dos seus pecados contra mim... Quando Jesus perdoou os que o cravaram na cruz, eles já não tinham mais dívidas, nem eu” (pp. 192, 225).

Isto contradiz João 3:36; Atos 17:30-31; 1 João 5:12, 19; Apoc. 20:11-15.



“A Bíblia não nos ensina a seguir regras... forçando regras, especialmente em suas expressões mais sutis, como responsabilidade e expectação; esta é uma vã tentativa de criar certeza ou incerteza... É por isso que não se encontra a palavra responsabilidade nas Escrituras ... Porque não tenho expectações, ninguém me decepciona” (pp. 197, 203, 206).

Isto contradiz a 1 Coríntios 4:2; 2 Coríntios 5:18. Somente em Efésios 4-6, existem pelo menos 80 obrigações específicas, as quais os crentes são exortados a cumprir.



“Não pratico humilhação, nem culpa, nem condenação”. (p. 223).

Isto contradiz Isaías 2:11; 5:15; João 3:19; Romanos 3:19, 1 Coríntios 11>27; Tiago 3:1; Judas 4; Apocalipse 11:18; 20:11-15.

O deus de “A Cabana” é emergente e novaerense



O deus de “A Cabana” não apenas é supostamente semelhante ao deus descrito no ramo liberal da igreja emergente (exemplo: Rod Bell, Donald Miller, Brian McLaren), como tem ainda um forte parentesco como deus da Nova Era promovido por John Lennon e Oprah Winfrey.

A popularíssima canção “Imagine” de John Lennon (1971) proclama:

“Imagine que não existe céu sobre nós, nem inferno sob nós, mas sobre nós apenas o firmamento... Também religião nenhuma./ Você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único”.

William Young pensa do mesmo modo em “A Cabana”: “Se existe um Deus, Ele não é juiz. Não existe inferno. Deus só deseja que as pessoas ajam conforme desejam e sejam felizes”.

Oprah Winey prega o mesmo evangelho a milhões de pessoas: “O homem não é um pecador; Deus não é juiz; tudo vai bem no universo; preciso apenas me render ao fluxo”. Sua mensagem é a celebração do EGO. Ela cresceu numa igreja batista tradicional, mas reinterpretou a Bíblia no que esta se refere às restrições. Ela diz: “Quando estudei o Movimento Nova Era, todo ele diz exatamente o que a Bíblia tem dito por tantos anos. Porém, muitos de nós fomos educados numa compreensão restrita, limitada, do que a Bíblia diz” (O Evangelho Segundo Oprah Winey, Vintage Point, julho 1998).



Negando a infalibilidade da Bíblia



Outro problema fundamental com “A Cabana” é a negação da Bíblia como sendo a absoluta e exclusiva autoridade. Observem a citação abaixo:

“No Seminário, a ele (Mack, o personagem principal) foi ensinado que Deus havia cessado completamente qualquer comunicação com os modernos, preferindo que estes sigam somente a Escritura Sagrada, devidamente interpretada, é claro. A voz de Deus ficou reduzida ao papel e até mesmo esse papel precisou ser moderado e decifrado pelas devidas autoridades e pelos intelectuais. Ninguém deseja que Deus fique dentro de uma caixa, nem dentro de um livro, especialmente dentro de uma caixa encadernada em couro com extremidades brilhantes, ou que não sejam brilhantes” (pp. 65-66).

Crer que a Bíblia é a infalível Palavra de Deus e a única autoridade de fé e prática, não significa “colocar Deus dentro de uma caixa”. Significa honrar a Deus, aceitando a Escritura pelo que ela afirma ser e tem comprovado ser. Quando um pai de família viaja e deixa uma declaração escrita de sua vontade para a família, durante sua ausência, a família que verdadeiramente o respeita, submete-se ao seu registro escrito. Rejeitar a Bíblia como sendo a infalível Palavra de Deus é atirar-se às profundas, turbulentas e subjetivas águas do misticismo [gnóstico]. Isso permite que o homem se torne sua própria autoridade e viva conforme ele deseja, sendo este um objetivo tanto da Nova Era como da igreja emergente: [“É assim que Deus disse?”].









Vidas transformadas



O autor de “A Cabana” costuma apontar vidas transformadas como evidência da verdade do livro e da graça de Deus em favor de quem usa o livro. Na Conferência Nacional de Pastores, William Young disse a Andry Crouch que o livro está mantendo as pessoas libertas “da escravidão e dependência da doutrina”. Ele falou: “Até mesmo pessoas que se manifestaram verbalmente contra o livro tiveram pessoas curadas em suas famílias”.

Curadas de que e para que? O que está acontecendo é que as pessoas que não gostam do Cristianismo Bíblico, não querem se sentir culpadas dos seus pecados e rejeitam o Deus “irado” da Escritura estão respondendo entusiasticamente ao ídolo fabricado pelo homem, o qual é apresentado em “A Cabana”.

O que vem a seguir é típico do que tem sido colocado no site MySpace de Young pelos seus leitores.: “Seu livro - A Cabana - é surpreendente! Ele mudou a idéia de muita gente a respeito de quem Deus realmente parece ser. Ele tornou livres alguns amigos meus”.

Milagres não comprovam que uma coisa proceda de Deus. Existe alguém que a Bíblia chama “o deus deste século” (2 Coríntios 4:4), o qual pode operar milagres e responder orações. Vi milagres e respostas experimentadas e respostas às orações, quando era membro de uma sociedade de meditação hinduísta, entes de ir a Cristo. Milagres não são uma prova da verdade; somente a Bíblia é a prova. O profeta Isaías disse: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20).



Conclusão



“A Cabana” é mais uma pedra fundamental da Torre de Babel, nestes dias de tremenda apostasia da verdadeira fé. A Bíblia nos adverte: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados...” (Hebreus 10:25-26). O pecado voluntário (verso 26) descrito neste verso é mencionado no verso 29: “pisar o Filho de Deus”. É o pecado de considerar o sangue da salvação como algo profano. É a rejeição pessoal da salvação através do sangue de Cristo. Isto é o que muitos na igreja emergente estão fazendo. Ninguém será salvo se rejeitar o valor do sangue remidor de Cristo.

No dias de hoje, precisamos continuar firmes na Bíblia, em doce comunhão com Cristo, confessando os nossos pecados e andando na luz (1 João 1:9,7). Precisamos ganhar a próxima geração e educá-la, a fim de que ela não se torne cativa das armadilhas do diabo e do engodo dos falsos mestres.



“The Shack´s Cold God” - David Cloud, 03/03/2009.

Traduzido por Mary Schultze


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A Cabana - New Age

Acabo de ler o livro "A Cabana" e sei que muita gente está lendo ou por indicação ou curiosidade vai terminar lendo. Um Pastor me recomendou e minha filha Lea me levou a lê-lo com urgência. Trata-se da historia de Mack, como perdeu sua filha pequena em um acampamento de verão, e 4 anos depois recebeu um bilhete misterioso de alquem que queria encontra-lo na mesma cabana do acampamento, assinado por Papai (Deus).
A história se deselvolve no encontro de Mack com a Trindade, suas muitas questões e as respostas estonteantes que Eles lhe deram. Para quem tem perguntas sobre a existencia do mal, do sofrimento, da "grande tristeza", esse livro pode ser um abrir de olhos para um novo relacionamento com Deus. Contudo, e aqui o ponto falho do livro, ele é uma continuação do movimento "new age" tão velho mas tão insinuoso nos EEUU. Proveniente do hinduismo (India) se popularizou com o movimento "hippie" dos anos 60. Proclama que todas religiões são boas, que através do espiritualismo o homem alcança a Conciencia Universal, um deus impessoal que apenas quer ver o bem do ser humano. Alguns seminarios abraçaram a ideia e hoje alguns pulpitos proclamam, por exemplo, que a ressureição é o renascer do ser para uma vida de paz e conexão com suas forças interiores, que em suma é a Conciência Universal.
No livro deus se faz humano para trazer o bem estar a todos, o seu amor salvou a todos na cruz, no relacionamento com ele o amor nos leva a perdoar e a amar a todos, religião são estruturas humanas, o proprio Cristo não é "cristão", nunca foi exemplo para ninguem, não existe futuro, nem expectivas sobre ninguem, quando "papai" vive no homem, no dia a dia ele vive melhor. Só faltou chamar todos a usarem florzinha no topo da orelha e cantarem "hare chrishna, hare, hare ".
Como o documentario "o segredo" e outros filmes e livros da mesma linha, talvéz alguns dos conceitos não contrarios às escrituras possam ser usados para trazer o interessado ao conhecimento do amor de Deus em Cristo e daí adiante, mostrar os erros de tais sistemas e então trazer o pecador à presença do Espírito para que este faça a obra de regeneração.

Se decidirmos usa-los, que seja apenas como ponte, se é que seja possivel, para trazer o interessado em Deus ( o que ama a verdade, vem para a luz ) ao verdadeiro encontro com o Senhor, Onipotente, Soberano e Salvador daqueles que arrependidos entram no Seu reino.

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