“Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não
permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem
tanto o Pai como o Filho.” 2 João 1:9
A apostasia (2 Ts. 2.3-4, gr. rebelião - a negação da fé em
Deus) é berço de abominável dominação eclesiástica intolerante que mantém
guardas e informantes infiltrados para a defesa da fragilidade do sistema
religioso. Condutas dissimuladas e mentirosas combinam os caminhos da
falsidade e da rebelião, cujo pecado é comparado ao da FEITIÇARIA E
CONSULTA A DEMÔNIOS (1 Sm. 15.23a). No contexto de apostasia e heresia
os “dons espirituais” podem ser manifestos em sinceridade e verdade a toda
prova?
Aquele que à semelhança do catolicismo papista: a) busca
amparo em profecia, sonho, revelação e visão de beatos dependentes do
colégio presbiteral; b) controla a arrecadação de dízimos, doações e ofertas
voluntárias na extensão de seus domínios; c) doutrina na base de alegoria e
espiritualização de frases das Escrituras fora do contexto e da intenção do
Espírito de Deus concluindo que isto é “doutrina revelada”; d) e estabelece o
governo monárquico sobre as igrejas, exalta-se a si mesmo e resiste ao
Espírito de Cristo Jesus.
Este artigo o ajudará a entender o que está acontecendo bem ao
seu redor. Que o Espírito de Deus o prepare para “maiores obras” (Jo. 5.20).
Certamente, a complicada, confusa, dispersiva e mal elaborada
matéria da aula denominada “Os Valentes de Davi – Os Valentes da Obra”
ensinada e reiterada nos seminários da ICM-PES coloca em cena ambigüidade
e espiritualização de frases das Escrituras no contexto do enigmático e
imaginário. A matéria não passa de um imbróglio em linguagem do nãopensamento
induzindo os beatos e neófitos à aceitação da “doutrina revelada”
que dá sustentação a certa forma de governo monárquico.
No artigo REFUTANDO A ICM: VALENTES DA OBRA (1)
denunciamos a espiritualização da frase “trinta e sete” (2 Sm. 23.39b.) que
além de contrariar o contexto, criou mais um capítulo da “doutrina revelada”
esvaziada de integração com o restante das Escrituras. Denunciamos esta
espiritualização como INTENCIONAL. Ficou surpreso? Aquele que desde o
início exerce a primazia no governo pretendia se proteger com trinta e sete
valetes (escrevi valetes). Aqueles que aprenderam a discernir espíritos
percebiam o desígnio e esperteza inconfessável do mestre: a DOMINAÇÃO
QUADRAGENÁRIA (2) estava em curso.
No artigo “A OBRA”: DOS MALES O PIOR (3) denunciamos o
absurdo na espiritualização da expressão “do fogo do altar” (Apo 8:5) e o claro
DESACATO À AUTORIDADE ABSOLUTA DO NOSSO SALVADOR E
SENHOR, Ele que é “o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão” (Heb
3:1). O que podemos perceber? Se a espiritualização da frase “trinta e sete” foi
intencional, na frase “do fogo do altar” aparece o absurdo em diabólica e
inescrupulosa profundidade. A dominação quadragenária escancarou as portas
da “ICM-OBRA-do-jeito-do-primaz” para a apostasia que caminha em direção à
“operação do erro”.
Não é verdade que este conjunto herético adoece, angustia e
enfraquece na fé os crentes; e alguns demoram anos nessas presas? Mas
existe esperança para os cristãos que desejam libertação para produzirem
frutos para a eternidade... frutos saudáveis e verdadeiros. O Deus Onipotente
planejou a sua vitória! Se a sua visão começa a penetrar os campos do poder
do Espírito de Deus, chegou a sua hora, cristão! Aleluia! Glória a Deus!
Nenhum jogo de cintura esconderá os erros da dominação
quadragenária. Alguns já notórios! Apesar da inexistência da mais mínima
fundamentação neo-testamentária nesta “doutrina revelada” que denunciei, o
ensino do mestre-primaz é imposto e prevalece... “por revelação”; e ai daquele
que discordar da “doutrina, normas e orientações do Presbitério”. Deste modo,
é possível que uma das vítimas desta grandiloqüente heresia “além da letra”
seja alguém de sua família ou de suas relações; e até mesmo você que está
lendo este texto e despertado para o absoluto e exclusivo “evangelho da graça
de Deus”.
No amor de Cristo e no melhor do meu desejo e insistente oração
a favor dos nossos irmãos na Fé e prisioneiros da enganação, espero que você
esteja me entendendo com boa mente de entender e bons olhos de ver; mas
se você ainda não tem a idéia clara da gravidade do que denunciei, não
desanime. Comece a examinar as Escrituras na dependência do Espírito de
Cristo Jesus e releia as matérias para verificar se você está ou não na Fé;
porquanto a Escritura declara (2Co. 13.5): “Examinai-vos a vós mesmos se
realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis
que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”
Pondo lado a lado os Tópicos a que me referi, o leitor poderá
perceber os erros que estavam sendo encravados na mente dos obreiros e
pastores. Com a espiritualização da frase “trinta e sete” o chefe eclesiástico
escolhia 37 valetes (escrevi valetes) para estabelecer a base monarquia
maranática quadragenária que sufoca a membresia de modo geral,
especialmente os ordenados pastores representantes do Presbitério. Com a
espiritualização da frase “do fogo do altar” o mestre-profeta não somente ataca
os fundamentos do Movimento Pentecostal – consistentemente bíblico, ético,
histórico e teológico; e, finalizou um EVANGELHO MARANÁTICO
SUPLEMENTAR concluindo pela destituição de Cristo Jesus de Seu
apostolado exclusivo e sacerdócio superior, único e verdadeiro, dando
existência ao falso batismo com o Espírito Santo ao som do pseudo-ressoar
dos toques de três das sete trombetas.
Ora, o desacato às Escrituras é de tal monta que o mestre-primaz
dogmatiza (4):
1. “A certeza do toque das trombetas foi assunto dos escritos de Paulo...”.
2. “É totalmente desnecessário perguntar se a primeira trombeta já tocou (...)
Podemos afirmar com certeza que a segunda trombeta tocou (...) Entendemos
que, por estes e por outros dados, a terceira trombeta tocou (...) Hoje sabemos
que as três primeiras trombetas foram tocadas porque os sinais foram visíveis
e confirmados cientificamente, restando, agora, o toque da quarta trombeta.”
3. “Enquanto os anjos se preparam para atender às determinações do Todo
Poderoso, o fogo do altar (símbolo do Espírito Santo) é jogado sobre a Terra
para os homens, que recebem diretamente do altar o calor das chamas
incendiárias do poder de Deus, onde o Espírito Santo age cada vez com mais
intensidade em seus corações, como apelo e preparo aos fatos que sucederão,
evitando surpresa, o medo e o terror próprio dos desavisados. É a misericórdia
de Deus preparando o homem para receber com alegria as suas intervenções.”
4. “Não queremos molestar as consciências, nem temos a intenção de nos
colocar na posição de profeta das catástrofes, porque bem sabemos que tudo
está sob controle de Deus.”
5. “O derramamento do Espírito Santo ou o fogo do altar jogado sobre a terra é o
preparo da Igreja para ouvir o toque da última trombeta, já que as três
primeiras não foram ouvidas, apenas sentidos os resultados, sinais visíveis, e
agora percebidos com clareza.”
Portanto, diante de fatos tão graves, há perguntas que os
maranatas precisam responder... perguntas que não querem calar:
a) Como se deu o “discernimento” do primaz para chegar à conclusão de
existir “trindade e obra perfeita do Espírito Santo” na frase “trinta e sete”
em 2 Sm. 23.39? Nas Escrituras existe base para esta “doutrina
revelada”?
b) Como se deu o “discernimento” do primaz para chegar à conclusão de
existir batismo do Espírito Santo na frase “do fogo do altar” em Ap. 8.5?
Existe amparo neotestamentário e teológico para esta “doutrina
revelada”?
c) Considerando que o chefe religioso controla a elite; que a partir do que
ele quer construiu-se a “doutrina revelada”; e o que ele quer não se
ajusta às Escrituras Sagradas, pergunta-se: Entre estas duas heresias
formadas na base de espiritualização de frases das Escrituras existe
algum elo oculto? Na existência de algum elo oculto – e certamente
existe – qual foi o ALVO FINAL?
d) O acúmulo de bens e o crescimento da ICM-PES são creditados à
administração centralizada conforme decisões e estratégia financeira do
primaz. De fato, estima-se de grande quantidade. Porém, de que serve a
avareza eclesiástica e o acúmulo de bens eclesiásticos, se a “doutrina
dos apóstolos” (At. 2.42) foi substituída pela “doutrina revelada”? O
catolicismo papista não faz o mesmo? Não se conduzem assim os
demais idólatras religiosos? De que servem os bens eclesiásticos
cobiçados por mercenários e políticos se, dentro em pouco, serão
confiscados pelo “Anticristo” (engana-se você que serão levados juntos
para a Eternidade 1Tm 6:7-8), o maior feiticeiro que os moradores da
terra haverão de conhecer?
e) Por conseguinte, como exposto em suas publicações, o mestre dos
mestres da ICM-OBRA-do-jeito-que-ele-quer ambienta o arrebatamento
da “Igreja Fiel” (leia-se: a ICM-PES) no contexto do toque da quarta
trombeta. Pergunta-se: ele o faz por espírito partidário, esquizofrenia
religiosa, ignorância, instigação do medo, misticismo terrorista ou
vaidade?
f) Porquanto o primaz da ICM-PES institucionalizou a “doutrina revelada
por dons” que não pode ser mudada, que importância ele atribui ao
“evangelho da graça de Deus (...) poder de Deus e sabedoria de Deus”?
g) Que autoridade espiritual representativa da autoridade absoluta de Deus
os mestres e pastores da ICM têm para andarem pelas igrejas falando
de sonhos, revelações e visões – como se fizessem parte do “dom de
ciência” – se eles estão contaminados com o fermento dos
pseudocarismáticos?
h) Que espírito está por trás desta gravíssima rebelião? Quem inventou
esta MÍSTICA REBELDE ao ponto de atender aos interesses dos
poderes satânicos? SIM! Mística rebelde, porque a enxurrada de falsos
dons, como no caso do Benício (quem lê entenda), é a conseqüência... e
quem pode contar o número dos muitos Benícios e Benícias espalhados
pelas congregações sufocadas por este MARANATISMO
PSEUDOCARISMÁTICO? Certamente, aquele que doutrina na base de
alegoria e espiritualização de frases das Escrituras fora do contexto e da
intenção do Espírito de Deus; e se ampara em sonho, revelação e visão
de obreiros subordinados, exalta a si mesmo, resiste ao Espírito de
Cristo Jesus e se sujeita ao Juízo. Como está escrito (Gl. 5.7): “Quem
vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?”
Portanto, cristão, entenda O ELO OCULTO que se formou:
aqueles que deveriam em amor: doutrinar, evangelizar, exercer fé, ministrar e
pensar, segundo as Escrituras, em sua grande maioria continuam enlaçados
àquela “artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem (gr. methodeia)
ao erro” (Ef. 4.14). Por conseguinte, as “profetadas” e “revelagens” de obreiros
e pastores subalternos já causaram destruição e prejuízo... por toda parte. As
evidências são claras... e o Diabo colhe os resultados.
Se alguém admite corretas as ponderações, haverá de concordar
que a expressão “doutrinas, normas e orientações do Presbitério” inserida
astuciosamente no Estatuto da ICM-PES permite manter os crentes DEBAIXO
DE OPRESSÃO. Porém, admitindo que o beato e o maranata de carteirinha
não concordem com o que estou enfatizando, nem por isto a questão perde o
sentido. E insistimos: de que maneira e com que exemplos alguém pode
contestar o que escrevi e dar respostas às perguntas deste Tópico?
Se nós aceitamos correto o entendimento do Novo Testamento a
respeito do governo eclesiástico como expressão da Revelação Proposicional,
o que temos na ICM-obra-do-jeito-do-primaz é uma ABSURDA
CONCENTRAÇÃO DE PODER DISCRICIONÁRIO, uma SITUAÇÃO DE
IMPUNIDADE E DE INSUPORTÁVEL INIQÜIDADE, gerando danos e
frustrações, as mais profundas, na membresia. Exatamente o contrário do que
deveria ser ministério pentecostal como instrumento do Espírito de Cristo
Jesus. Somente depois que as escamas caem dos olhos é que os sofredores
passam a enxergar os arames farpados que os ferem...
Se o primaz insiste em manipulação mística por “doutrina, normas
e orientações do Presbitério” para manter-se no governo cercado de valetes
(escrevi valetes); e “novas revelações do apocalipse” onde o anjo joga o “fogo
do altar – símbolo do Espírito Santo – sobre a cabeça dos homens para que
recebam com alegria as intervenções de Deus”; com este IMBRÓGLIO
PROFÉTICO certamente destituiu a Cristo Jesus de Seu apostolado exclusivo
e eterno sumo sacerdócio; e excluiu o Espírito de Cristo Jesus como Aquele
que guia “a igreja de Deus... corpo de Cristo” a toda Verdade (cf. Jo. 16.13).
Tal como protesta o SENHOR pela boca de Jeremias (23.23-32),
o chefe eclesiástico ensina a “doutrina revelada”, faz errar o povo de Deus,
institucionaliza o intento de seu coração, não respeita as Escrituras, prega
conforme à razão e proclama: Deus revelou! Contra esta autoridade
eclesiástica insensata o Testemunho da Verdade declara (2 Jo. 1.9 - ênfase
nossa): “Todo aquele que ultrapassa a doutrina (gr. didachê – a doutrina
original) de Cristo e nela não permanece NÃO TEM DEUS; o que
permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho.”
Um grande abraço a todos, em Cristo Jesus.
Notas:
1. REFUTANDO A ICM: VALENTES DA OBRA
2. DOMINAÇÃO QUADRAGENÁRIA
3. “A OBRA”: DOS MALES O PIOR
4. G. G. – Revista Personalidades - A Quarta Trombeta, ano IV, n. 13, 1998, pgs. 39-41. Neste mesmo sentido:
Guia Verbo, 1a. ed., 2002, pgs. 20-30; VerboNews - Edição Especial - Editora e Marketing Ltda, n. 13, Ano 2,
Abril de 2006, pgs. 20-24.