“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas,
mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós
mesmos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas
honestas, perante todos os homens.” Romanos 12:16-17
A humildade ou pobreza de espírito, em relação a reconhecer a
fraqueza, são não apenas virtudes, mas, outrossim, dever de todo aquele que
se diz ser cristão. Há uma verdadeira linha tênue entre se corromper pela
soberba da religiosidade e a manutenção do fruto do Evangelho, puramente
falando, na vida daqueles que passam a aceitar o Senhor Jesus Cristo como
Salvador, e Deus único. É inegável que, atualmente, os cristãos, sejam de qual
for a instituição denominacional, estão, majoritariamente, se entregando a
religiosidade, a um neo-farisaísmo.
A partir do momento em que mergulham em tanques de água ou
molham as cabeças, dependendo do batismo, se arrependendo publicamente
das transgressões de outrora, passam a “bater ponto” em cultos, indo a
reuniões e ensaios, e seguir fielmente as estranhas doutrinas e dogmas
costurados a bel-prazer por líderes religiosos, aqueles que se dizem cristãos
passam a crer que estão vivendo segundo Cristo, segundo o Seu Evangelho.
Imaturidade, inocência, orgulho, falta de sabedoria, sobretudo, falta de direção
pastoral. A racionalidade humana in natura sempre pende à vaidade e à
soberba, os que aceitam Jesus Cristo, de forma alguma estão isentos disso,
muito pelo contrário. Realmente soa como algo paradoxal, visto que aqueles
que aceitam Cristo, a priori, tiveram de se humilhar como homem.
A falta de direção pastoral (não falamos de autoritarismo e
dominação ou o modismo “cobertura espiritual”), de aconselhamentos, e pela
soberba e vaidade que todo ser humano pode pender, invariavelmente terá sua
fé envenenada pela soberba religiosa, tendo em vista que acreditam, agora,
que são superiores aos demais seres humanos, superiores aos incrédulos, e
até superiores aos outros irmãos que congregam sob outras “placas” e
estatutos. Basta seguir os interesses religiosos denominacionais e pronto, está
perfeito. Chega ao estado do comodismo, e param de buscar o amor, a fé, a
justiça, trocando-os para os interesses religiosos denominacionais.
[1Co 8:2] - E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe
como convém saber.
Dessa forma, a queda espiritual desses hipotéticos cristãos, que
está oculta aos seus olhos (pois, ora, tem trabalhado para a denominação, isso
que importa), é iminente praqueles irmãos que os observam, e inclusive até é
notada pelos incrédulos. Percebem o quão ficaram orgulhosos, mesquinhos,
desdenhosos e arrogantes por fazerem parte de uma “elite espiritual”, de modo
que vêem de cima, dum degrau bem acima, os demais irmãos em Cristo, como
coitadinhos fossem e, pior ainda, os incrédulos, desses vêem quase como
animais irracionais.
Mas depois de serem exortados rotineiramente por vozes do
Evangelho vindas do lado de fora do muro, ainda que timidamente, muitos
irmãos cristãos enclausurados nesses muros da prepotência, estão se
despertando. E já começam a ensaiar pregações cristocêntricas, que tão-só
apresentam o Senhor Jesus como a única forma de vida, como mediador,
fundamento para nossa vida eterna.
Ante esse diapasão, apresentamos a mensagem da ICM que será
entregue (ou foi) no dia vinte e cinco de dezembro de 2008, que para a glória
do Deus vivo, não foi de modo nenhum contaminada pelo fermento “Obra-ICM”,
isto é, não é como as demais, apologética à referida denominação
(exclusivismo), nem desconstrutora de outras agremiações (sectarismo),
tampouco carregada de tal religiosidade ora explanada acima.
Eis a mensagem:
MENSAGEM PARA O DIA 25/12/2008
Isaias 9:6
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.”
INTRODUÇÃO
A bênção do natal nos faz sentir como herdeiros de uma promessa que é a Vida
Eterna.
A HERANÇA
A herança da Vida Eterna foi uma dádiva de Deus ao homem, e deu tudo, porque o
Filho Jesus é o herdeiro de todas as coisas e quando enviou o herdeiro, com ele veio
a herança, a eternidade, e a Igreja será com Ele, dona da eternidade, pois Jesus é o
Pai da eternidade, e a eternidade é a herança que Deus tem para nos dar. A salvação
dada por Jesus contém todos estes elementos que fazem parte deste pacto, desta
herança.
Esta herança é decorrente de um projeto que se consubstanciou aqui na terra.
Todo preparo para a vinda do Senhor Jesus. Deus usou os recursos humanos, na
instituição da família, para que todos pudessem usufruir desse benefício de dois mil
anos atrás, que estava oculta nos séculos, oculta na eternidade.
Jesus no Velho Testamento estava oculto. Jesus estava sendo apresentado ao mundo
da maneira didática que Deus tinha para o apresentar, porque mesmo que ele
estivesse oculto, o efeito e o resultado do projeto de Deus já estavam influindo no
homem desde o seu início, quando Adão e Eva conheceram a morte e Deus manda
matar o animal, uma previsão profética a respeito do cordeiro, seu sacrifício e os
resultados desse projeto na oferta de Abel. A herança engloba e envolve todo o
projeto de Deus através dos séculos, desde a criação do homem, e principalmente
antes da criação do homem até os nossos dias.
O SENTIDO DO NATAL
Quando nós recebemos um visitante em nossas Igrejas, o que vamos dizer para ele?
Nós podemos dizer aquilo que alguns já conhecem, porém, a grande maioria, até as
próprias Igrejas, não conhecem. Por isso não valorizam Jesus, porque não conhecem
a essência, não conhecem o conteúdo, e a origem dos fatos. Deus não é ilógico, Deus
não agiu ilogicamente, tudo é parte de um plano muito bem traçado, muito bem
cuidado e ao examiná-lo, os irmãos terão uma mensagem maravilhosa, falando da fé,
de sua origem, dos seus compromissos, como foi gerada e preparada e como chegou
até nós.
Há duas maneiras de conhecer Jesus: histórica e profética.
Histórica: Para muitos nasceu em uma manjedoura; morreu, pronto! E acabou! Esta é
a maneira do resumo histórico, e não existe tanto sentido quando falamos dessa
herança histórica, e sim quando falamos da herança incorruptível, que veio da
eternidade, veio de Deus.
Quando vemos como as coisas aconteciam no passado, vemos que Deus organizou
tudo: falando com Abrão, chamado pai da fé, na figura do pai, Isaque na figura do filho
e Eliezer o Espírito Santo.
Quando Eliezer foi buscar a noiva para o filho Isaque, ele foi buscar gente da família
de Abraão, que não aceitava de outra família, que não tivesse a sua genética.
A fé foi uma herança transmitida à família do pai, que pode ser aceitada ou a rejeitada.
O filho pródigo rejeitou a herança. A herança era patriarcal, era de pai para filho, a
herança pertencia ao primogênito, no caso Jesus. Jesus é o primogênito de Deus, por
isso Ele tem a herança, Ele é o primogênito dos mortos, também a primícia dos que
dormem, o primeiro que ressuscitou o lado profético da herança. A palavra não está
errada em nada, ela vem sendo trazida dentro do entendimento humano, uma coisa
muito bem concatenada, só que no plano de Deus um dia é como mil anos, uma
história que não se escreve da noite para o dia, vai acontecendo, porque Deus não
tem pressa, falou o profeta e não se cumpriu ... Deus não fala só para os que são de
perto, Ele fala para os que estão longe. O tempo passou e a palavra profética não se
cumpriu? Quando mais distante a palavra profética, maior é o seu valor profético para
Deus, e quanto mais distante estiver do resultado da profecia, tanto mais valor tem a
palavra de Deus.
Abrão impôs a mão sobre Isaque e Isaque impôs a mão sobre Jacó. Quando Jacó vai
impor a mão sobre o herdeiro, pensava-se em Ruben. Ele impôs a mão sobre os filhos
de José, porque na verdade não era mais Ruben quem estaria com a herança, porque
Ruben era inconstante, e Deus, ao transmitir a herança, não queria que a mesma
caísse em mãos que não fossem seguras, já que Ruben era inconstante. José vem
diante de Jacó, trazendo os seus dois filhos, Efraim e Manassés. Jacó impõe as mãos
sobre ambos. Cruzando as mãos, colocando a sua mão direita no lado esquerdo, e a
esquerda e colocou no lado direito.
Disse José a Jacó: “Não, meu pai, você está fazendo as coisas trocadas.” Ele
respondeu “Não, meu filho, é isto mesmo.” Porque ali, o gesto significava que estava
encerrado o período patriarcal, toda a herança patriarcal dali para a frente estava
encerrada em termos de família, porque em Israel já estava estabelecida a promessa
de Deus a Abraão e assim se encerrou o ministério patriarcal, despontando em José o
ministério profético até Jesus.
Deus estabelece a Lei, e toda prefiguração de Jesus, como rei, profeta e sacerdote, e
“Filho do homem”. Deus levantou juízes, sacerdotes, reis, profetas, prefigurando o
homem perfeito Jesus. Jesus é o presente, o homem perfeito que veio da eternidade.
Nasceu o homem perfeito, não mais o homem mortal, mas o homem ressuscitado, por
isso a grande festa do natal, Jesus nasceu e está vivo, e é a sua ressurreição que nós
estamos comemorando. A grande festa da igreja é que temos nele um companheiro,
um amigo, o herdeiro de todas as coisas, do qual somos também co-herdeiros na
grande festa da herança, da dádiva de Deus ao homem, a festa da fé, a festa da
salvação, a festa da vida eterna.
A introdução deste projeto veio na era patriarcal, aparentemente genético porque era
de pai para filho, agora ela passa pela revelação, que recebemos pela fé, uma dádiva
de Deus. Quando Jesus morreu ele encerrou todo o projeto do Velho Testamento, e
quando ressuscitou é o Deus do Novo Testamento que se revelou. A religião não
entendeu o sacrifício de Jesus, por isso não tem a herança. O texto usado: “... um filho
se nos deu ...”, É A DÁDIVA DE DEUS, o nosso presente, o natal de Jesus.
FINAL (PARA ENCERRAR)
Obs.: Evite citar Papai Noel, presentes, comércio e outros assuntos muito explorado,
para quem não tem o que falar.
RESUMO:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.” Is 9:6
1. A HISTÓRIA DA HERANÇA
- Falar sobre a história da herança que Deus preparou desde a eternidade para seus
fiéis. Uma história bíblica, bela e maravilhosa.
- Existe histórias de homens notáveis que fizeram parte da genealogia de Jesus:
Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Samuel, Davi, Elias e outros.
- Fale da herança, da fé, de um pacto estabelecido na eternidade.
- Fale da estrutura profética que acompanhou Jesus como Rei, Profeta, Sacerdote e
principalmente Homem (Filho do homem).
2. O VALOR DA HERANÇA
- Fale de todo o projeto de salvação e Vida Eterna. Portanto o lado histórico é
maravilhoso e muito maior quem conhece o seu aspecto profético a Dádiva de Deus
ao homem. Que é a Salvação eterna.
Amém!
Embora o entendimento de "Igreja" contido nessa mensagem
esteja sutilmente equivocado (como vem perpetuado nesse tradicionalismo
milenar, e que muitas vezes é usado de maneira tendenciosa a pender a uma
Denominação específica, fugindo do verdadeiro sentido de Igreja, que é o que
está em conformidade com as Escrituras), a mensagem como um todo não há
nenhum indício de heresia ou idolatria, nem apologética a denominação, como
sempre criticamos nos outros textos. Esse presente Documento traz uma
mensagem cujo fim é conduzir todo o significado da mesma em Cristo Jesus.
Uma mensagem sóbria, uma boa palavra. Alimenta o ouvinte, o cristão.
Apesar de identificarmos a utilização de termos padronizados no
linguajar cotidiano de um membro da ICM, tais como "herança”, “projeto",
dessa vez vemos a preocupação de transmitirem aos ouvintes tudo isso
convergindo única e exclusivamente em Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Glória a Deus! Salvo engano, se não fomos traídos pelas vistas,
não há sequer uma única menção “da Obra" nesse estudo.
[Rom 11:36] - Porque dele e por ele, e para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele eternamente.
É isso aí, amados irmãos, leitores queridos - É pregar o
Evangelho. Simplesmente isso! A paz do Senhor e Salvador Jesus Cristo, que
não apenas nasceu, mas viveu entre nós, morreu e ressuscitou, vivo está, e há
de voltar para arrebatar a Sua Igreja, a qual somos membros, desse Corpo
ajustado, invisível, indivisível!
Feliz Natal a todos, com esse entendimento cristocêntrico,
histórico e profético!
