As inovações da música gospel no Brasil

(Este artigo de jornal ímpio, apresenta uma visão ímpia sobre a música ímpia que está invadindo os cultos ímpios, para atrair ímpios, que está acontecendo pelo mundo ímpio das igrejas que se dizem não-ímpias por aí)


A música gospel brasileira passa por mudanças cada vez maiores. Novos ritmos aparecem, diferentes das tradicionais canções que marcaram gerações de evangélicos, como os louvores “calminhos” de Ozéias de Paula, Sérgio Lopes, Cristina Mel e muitos outros, numa época em que o que hoje é chamado de gospel (junção no inglês God spell, palavra de Deus) ainda era a "música dos crentes". Há alguns anos, as “músicas de fogo” de Cassiane, Elaine de Jesus e outras sacudiram muitos cristãos e dividiram espaço com bandas e cantores de rock gospel, como Oficina G3, Catedral e, mais tarde, PG, ex-vocalista do Oficina. Mas hoje, novos ritmos aparecem, ou ganham destaque, no cenário gospel: o axé, o pop rock, o calipso e o pagode.
Esses ritmos, marginalizados dentro do próprio meio evangélico, hoje ganham cada vez mais espaço nas igrejas e rádios cristãs. Lázaro, ex-integrante do Olodum, ganhou o Brasil com o axé gospel de canções como “Oh Glória” e “Eu sou de Jesus”. Em Belém e em diversas capitais brasileiras, multidões de todas as faixas etárias foram aos shows do cantor.



Mas existem as exceções: Régis Danese, com o estilo louvor de “Faz um milagre em mim”, conquistou não apenas cristãos, mas também não-cristãos.“Faz um milagre em mim” ou “Como Zaqueu”, título mais conhecido pelo público, também ganhou versões em outros ritmos: no pagode, na voz do Pique Novo e, mais recentemente, no brega.
Outro gênero inovador na gospel music é o que canta Mylla Karvalho, ex-vocalista da banda Cia do Calipso. Após aceitar Jesus, há dois anos, a cantora continua no calipso, ritmo que a consagrou, mas as letras já não são mais as mesmas: uma mostra é seu grande sucesso “Te Escolhi”.




Mesmo com as novidades, outros cantores já consagrados também tem seu lugar fiel junto a esse público tão heterogêneo: Fernanda Brum inovou mais uma vez com a canção “Cura-me”, uma composição forte e que traz um clipe impactante, todo gravado em tons pastéis. O Ministério de Louvor Diante do Trono mantém a perfeição musical que os consagrou, com o CD Príncipe da Paz, e está se preparando para gravar seu 12º trabalho. Fernandinho, que iniciou a carreira com melodias lentas e louvores agora investe no pop rock com o sucesso “Dançar na chuva”, que arrastou a multidão no último show do cantor em Belém. Isso sem falar de Pedro Geraldo, mas conhecido como PG, que lançou no fim de 2008 o CD “Eu sou Livre”, uma mistura de rock pesado com baladas: “Quem sou eu?” e “meu Universo” já constituem sucesso de público e de crítica. E as cantoras Damares, com o louvor de fogo "Sabor de mel" e Soraya Moraes, vencedora do Grammy Latino de 2008, com "Som da Chuva" remetem aos ritmos mais escutados por cristãos de outras gerações, com pequenas variações modernas nos arranjos das letras.




A despeito de tamanha diversidade musical, o público evangélico permanece fiel às músicas que louvam a Deus. Essas mesmas músicas também cativam outros públicos, como católicos e espíritas, e muitos outros que, independente do ritmo, desejam expressar a alegria e o sentimento de servir ao Senhor, pois a música gospel se diferencia das músicas seculares por trazer mensagens positivas e expressar sentimentos profundos e angústias do ser humano. O objetivo, porém, é um só, é homogêneo: render adoração a Deus, o criador do Universo.
Semana que vem tem mais sobre música gospel, agora no cenário internacional. Até!
>> Por Nayara Ferraz, repórter do Diário Online
Fonte: http://www.diariodopara.com.br/colunas_lerv2.php?idcoluna=57

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