Gosto das Diferenças de Ontem

* Pr. José Barbosa de Sena Neto



Estamos iniciando mais um ano novo, cheio de novas esperanças.
Descortinam-se novos horizontes e novas surpresas. Não sou tão ‘antigo’
assim, mas fiquei deveras assustado com o número de dias da minha existência
marcado no último dia do ano ‘velho’: 22.630 dias! Fiquei impressionado por
ter chegado à marca destes dias! Já vivi o bastante para não ficar
impressionado, mas as coisas não são bem assim! Gosto de relembrar as coisas
boas de um passado recente e fico impressionado de como nos últimos tempos
está havendo uma inversão de valores, mas embalo uma esperança de que, por
causa de Cristo e do Evangelho, o mundo pode vir a ser um pouquinho melhor.
Sonhar não é pecado!...

Sim, há muitas coisas que gosto de relembrar das coisas que me
impressionam e muito. Por exemplo: gosto de relembrar do tempo em que nós,
eu e você, éramos chamados de “crentes”. Quando alguém nos perguntava se
éramos “crentes”, havia uma resposta entusiasmada: “Sim, pela graça e
misericórdia de Deus!” Hoje está tudo diferente! Os “crentes” de hoje estão
evitando serem chamados de “crentes”. A ordem do dia é ser “cristão” ou
quando muito, “evangélicos”, dá mais status! Outrora este nominativo
qualificativo indicava aquele homem ou aquela mulher que pertencia aos
grupos chamados ‘luteranos’, ‘presbiterianos’, ‘metodistas’, ‘batistas’,
‘congregacionais’ ou pentecostais históricos. Sim, os pentecostais são
salvos sim, tradicionais sim e há um lugar lá no céu preparado parta eles,
sim! Os ‘crentes’ amavam e consideravam a Bíblia Sagrada, como Palavra de
Deus, e dificilmente saíam de casa para os seus cultos sem levar a sua
Bíblia ostensivamente em suas mãos. Os ‘crentes’ do passado, tinham um ardor
missionário incrível! Respiravam missões! Mas, hoje, as coisas mudaram e
muito! Nas campanhas de missões estaduais, nacionais ou mundiais de outrora,
os ‘crentes’ de nossas igrejas locais faziam de tudo para que aqueles alvos
fossem alcançados e aquela igreja repassava integralmente toda a oferta
levantada!, Hoje, as coisas mudaram e muito! O pastor ‘controla’ tudo com a
sua diretoria, e em muitos casos o valor repassado é aquém daquele
levantado, e o que foi retirado é para suprir ‘outras necessidades’ da
igreja local! Quem duvidar disso é só conferir!...

O adjetivo qualificativo “crente” hoje foi trocado por ‘evangélico’
englobando todos aqueles, no âmbito do Cristianismo, que não são adeptos do
Catolicismo Romano e, neste bloco, se enfeixam os protestantes reformados,
considerados como históricos, os protestantes conservadores mas mais
moderados, os pentecostais históricos, os neopentecostais ou pseudos
pentecostais, as novas igrejas emergentes também não muito preocupadas com
sua identidade, mais um espaço aberto para todos os gostos e matizes, para o
prazer e deleite dos flutuantes freqüentadores. Vale tudo! Tudo é igual! Não
há diferenças! Ali ninguém conhece ninguém, os pastores, bispos ou
‘apóstolos’, já não conhecem o seu rebanho, pois isto é perda de tempo, pois
terminado os seus shows se aquartelam em seus gabinetes climatizados, a
chave. O resultado é medido pelo volume de envelopes recheados que foram
depositados no gazofilácio, ponto alto de seus ‘cultos’. Os participantes ou
meros freqüentadores, entram e saem como chegaram: calados e sem aquele
antigo cumprimentar e sem aquele abraço tão gosto dos ‘velhos tempos’, não
sendo mais cada um cumprimentado pelo pastor postado à porta do templo! O
termo ‘evangélico’ hoje é tão vago, mas tão vago e tão indefinido quanto à
“vida cristã” vivenciada pelos assim-chamados “cristãos” de hoje.
Misericórdia! Impressionante! Ninguém mais distingue ninguém, como nos
‘velhos tempos’, um homem ou uma mulher de Deus, de longe!... Perdemos o
nosso referencial!...

Por outro lado, fico impressionado ao ver o povo chamado pelo nome de
povo de Deus, se permitir ser ‘massa de manobra’ dos espertalhões do
púlpito. Impressiona-me e muito, ver o povo de Deus ser enganado debaixo da
plena luz do Sol, vivendo a mercê de ‘profecias’ ou ‘profetadas’ que não se
cumprem, levados por ‘visões’ ou ‘visagens’ mentirosas de ‘profetas’
descompromissados com as coisas sérias de Deus, que não refletem a verdade
bíblica, cujos seus líderes fazendo descer goela abaixo do povo,
manifestações exóticas em ‘shows’ ou ‘espetáculos de fé’ que não têm base em
nenhum ensinamento da Palavra de Deus. Apenas pessoas ávidas para descobrir
o futuro, para se darem bem na vida e nada mais!... Não se busca mais um
lugar reservado mais no Céu!... Pra quê? Isso é coisa de ‘crente’
ultrapassado, fanático... dizem!

Mas também gosto de relembrar do tempo que já vai longe, quando não havia
nenhuma conveniência de ser “crente”. Muito pelo contrário, naquele tempo
era, socialmente falando, muito constrangedor, porque implicava em uma
mudança de vida radical que incomodava o mundo ao seu redor! Eu me lembro
muito bem do que significava ser convertido, ter passado pela experiência
real do novo nascimento!... Os “crentes” testemunhavam daquilo que o Senhor
Deus havia feito em suas vidas, diariamente, e em suas palavras havia
autoridade! E os ‘incrédulos’ se convertiam pelo testemunho ouvido e visto,
por saberem que aquelas pessoas haviam “estado com Jesus” (Atos 4.13). Que
maravilha! Eram bons tempos aqueles em que ser “crente” não significava
ficar rico da noite pro dia ou “se dar bem” nas ‘fogueiras santas’ da vida!
Hoje, só se recebe dádivas do Senhor, se se sacrificar, e a vítima a ser
imolada no altar é sempre o dinheiro, e quanto mais dinheiro melhor, é dar o
tudo que tiver ao alcance das mãos para engordar as contas bancários de
líderes inescrupulosos! E pasmem, acreditamos nisso!

Os ‘crentes’ dos ‘velhos tempos’, amavam mais as coisas do Senhor e
ficavam conjecturando como deveria ser a sua vida, lá na glória e pregavam e
esperavam com maior ardor a volta gloriosa de Jesus! Os “crentes” daqueles
tempos idos - naquele tempo eu era padre, mas eu ‘ouvia falar’ – os
‘crentes’ tinham os olhos voltados para o céu, oravam mais, gostavam mais de
vigílias, buscavam “as cousas lá do alto” (Colossenses 3.1), aguardavam com
ansiedade o arrebatamento da Igreja, e falavam isso uns para os outros,
diariamente e se extasiavam com as promessas do Senhor, e se alegravam de
irem fazer parte do arrebatamento da Igreja e se emocionavam às lágrimas com
as bênçãos que iriam receber por ocasião das “bodas do Cordeiro” (Ap.
19.7-9). Bons tempos aqueles!...

Impressiono-me ao ver as pessoas sendo manipuladas, condicionadas
mentalmente, não fazendo a menor diferença para elas, se o que seu líder
religioso diz tem sustentação bíblica revelada na Palavra de Deus. Tudo
agora é crer na fé! A ‘onda’ agora é fé na fé! Os tempos mudam!... O que
vale agora é o que se sente, o pragmatismo louco e desenfreado é reinante e
não interessa o que está mais escrito na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada,
o livro da ‘capa preta’! É, estamos passando por uma crise muito séria!
Falta-nos identidade! Por isso, vivemos hoje um tempo de megatemplos cheios
de pessoas vazias, sem vivência cristalina do verdadeiro Evangelho redentor,
pessoas desnorteadas, sem nem uma certeza de salvação, apenas ali estão
acotoveladas em busca das “bênçãos do Senhor”, mas sem nenhum compromisso
bem mais sério com o Senhor das bênçãos e, se não tiverem uma transformação
de vida real, pelo milagre do “nascer de novo” (João 3.3), para ser “gerado
para uma viva esperança” (I Pedro 1.3), dando demonstração de que é “nova
criatura” (II Coríntios 5.17), tendo uma convicção que o seu nome está
escrito “no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo” (Apocalipse 13.8) e para sempre, estarão caminhando recreativamente
para o inferno!...(Romanos 2.8; Lucas. 11.28; João 15. 4-5).

Hoje, há uma desenfreada carreira para o abandono das grandes confissões
e credos do passado que resgataram o brilho da interpretação real das
Sagradas Escrituras. Não se interpreta mais as Sagradas Escrituras como no
passado, e a grande maioria dos ‘evangélicos’ ou ‘crentes’ correm atrás
ávidos da primeira novidade interpretativa que encontram ali na primeira
esquina, se alimentam e engordam com a teologia relacional, com a famigerada
teologia da prosperidade, que é a coqueluche do momento. O ‘negócio’ agora é
prosperar a qualquer preço! E os pregadores televisivos outrora contra a
este tipo de ‘evangelho’, descobriram os “a galinha dos ovos de ouro’, tão
propício para o engordar dos seus empreendimentos pessoais e agora propagam
tais descobertas fantásticas sem ficarem ‘avermelhados’ e sem nenhum
constrangimento, através de seus programas diários e até mesmo semanais,
enaltecendo os ídolos da tal ‘teologia’...

Com a razão está o Dr. Augustus Nicodemus Lopes, ministro presbiteriano e
atual chanceler da Universidade Presbiteriana Machenzie, quando afirma que
“da mesma forma que em Corinto... grande parte dos evangélicos no Brasil tem
a alma católica”. Os ‘crentes’ de hoje, ainda não conseguiram se
desvencilhar do Catolicismo Romano. E ele pontifica: “Todas as tendências
que identifico entre os evangélicos como herança católica, no fundo, antes
de serem católicas, são realmente tendências da nossa natureza humana
decaída, corrompida e manchada pelo pecado, manifestas em todos os sistemas
e não somente no catolicismo”. E ele diz mais: “Há um gosto na alma
brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender
a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e
apóstolos autonomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o
excomungava, queimando-a na fogueira.”.

Hoje, como os tempos mudaram, os titulares das mega igrejas, precisam ser
‘apóstolos’ ou no mínimo ‘bispos’, e os apelos não são mais para que se
aceite Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas, mas para irmos a Igreja
tal, pois é lá o local da bênção, é lá o local da mediação, pois “no
Catolicismo”, continua Nicodemus, “a igreja é mediadora entre Deus e os
homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências,
as orações. É através dos sacerdotes católicos que essas graças é
concedida, pois são eles que, com suas palavras, transformam na missa, o pão
e o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no
batismo para remissão de pecado; que ouvem a confissão do povo e pronunciam
o perdão. Em alguns casos, o padre é visto como o “outro Cristo”, um canal
de mediação entre o rebanho e Deus. Essa noção de mediação humana passou
para o evangélicos com poucas alterações. Até nas igrejas históricas os
crentes brasileiros agem como se a oração do pastor fosse mais poderosa que
a deles, considerando-o o mediador entre eles e os favores divinos. Esse
ranço católico vem sendo cada vez mais explorado por setores neopentecostais
do evangelicalismo, a julgar por práticas já assimiladas como “a oração dos
318 homens de Deus”, “a prece poderosa do bispo Fulano”, “a oração de poder
da irmã Sicrana, que é profetisa”, e por aí afora vai...

O apego ao misticismo supersticioso no meio evangélico é coisa de fazer
inveja aos romeiros do “padim padi ciço” da Juazeiro do Norte, sul do Ceará,
na região do Cariri. E o Dr. Nicodemus Lopes nos esclarece mais: “O
catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões
afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma
nacional, enaltecendo milagres de santos, posse de relíquias, aparições de
Cristo e de Maria, unção e santificação de objetos, água benta, entre muitos
outros. Hoje, há um crescimento espantoso entre setores evangélicos do uso
de copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos
do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupas de entes queridos, oração
no monte e no vale, óleos de oliveira de Jerusalém, água do Jordão, sal do
Vale do Sal, trombetas de Gideão, cajado de Moisés... A imaginação dos
líderes e a credulidade do povo são ilimitadas”. E ele diz mais: “Um amigo
meu contou ter presenciado práticas estranhas como venda de pedaços do salmo
23 para preparação de um chá que curar vícios, gente que dorme com uma
Bíblia debaixo do travesseiro com a alegação de garantir bons sonhos e
páginas ungidas por um ‘apóstolo’ que são vendidas para serem colocadas nas
paredes das casas dos crentes, entre outras coisas.” E o teólogo diz que
tais manifestações populares só podem ser explicadas pelo “gosto intrínseco
pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos”. A gente rir para
não chorar! Seria trágico se não fosse cômico demais!

Também não posso deixar de recordar que nos bons tempos éramos chamados de
“bíblias”, pois tal sacrossanto apelido nos identificava com os ensinos da
Palavra de Deus. Hoje os “cristãos” vão às ‘reuniões’ sem as suas Bíblias. A
tecnologia chegou aos templos, e hoje o data-show tomou conta do pedaço,
onde são projetados os poucos versículos lidos, quando lidos, então pra que
levar mais Bíblias?! Torna-se muito incômodo! Para que levá-las se elas já
não são mais lidas e acompanhadas pelos participantes, porque o espaço maior
é para o espetáculo do ‘louvorzão’, onde canta-se durante uma hora e meia ou
mais numa agitação da ‘galera’ e tudo isso copiado dos grandes shows
televisivos e o espaço reservado para a ministração da Palavra é de apenas
uns poucos minutos? Aliás, os ‘cristãos’ de hoje nem mesmo sabem procurar em
suas Bíblias livro, capítulo e versículos, quando as têm... Culto doméstico,
o que é isso? Ele existe para quê? Qual a finalidade? Quando e onde ele é
realizado? – perguntam. “Cantor Cristão” o que é isso? Este ‘cantou’ gravou
algum CD que está nas paradas de sucesso gospel? Lembro-me que naqueles bons
tempos os “crentes” do passado eram rigorosos com a sua conduta pessoal,
ética, moral e espiritual. Naquele tempo, os “crentes” compravam e pagavam o
que adquiriam com o suor do seu rosto, e não davam ‘calotes’ em ninguém no
comércio com cheques sem fundos e nem viviam metidos até o fio dos seus
cabelos em escândalos até de conhecimento nacional.

Mas também não posso deixar de me impressionar ao ver homens e mulheres se
autonomeando de ‘apóstolos’ e tantas outras baboseiras, que nada mais são do
que fruto da vaidade humana e do desejo de se tornarem, a cada dia, mais
deus do que homem e mulher. Olhando na minha velha Bíblica, sou informado
que no Novo Testamento, um dos requisitos para o apostolado é ser testemunha
da ressurreição de Jesus (Atos 1.21-22). E o mais interessante, é que a
minha velha Bíblia me revela que todos os apóstolos viram o Cristo
ressuscitado, inclusive o apóstolo Paulo (I Coríntios 15.5-8). Estes homens
não tiveram visão, sonho, ou revelação. Eles viram de fato o Cristo
ressuscitado de maneira pessoal, inclusive Paulo no caminho para Damasco (I
Coríntios 9.1). A história da Igreja Cristã sempre pontificou que Paulo foi
o último dos apóstolos. E o Dr. Nicodemus Lopes vem mais uma vez nos
ajudar: “O termo ‘apóstolo’ significa basicamente ‘enviado’ e há quem, além
dos Dozes e Paulo, tenha recebido esse título na Bíblia, como Silas e
Barnabé (Atos 14.14; II Coríntios 8.23). Porém, os modernos autodenominados
‘apóstolos’ se entendem como na mesma categoria dos Doze e Paulo. Contudo,
os Doze e Paulo estão numa categoria à parte, não tendo nomeado sucessores.
Quem sempre se achou sucessor dos apóstolos foi o papa. É somente o ranço
católico na alma evangélica que permite que tais autodenominados ‘apóstolos’
tenham sucesso em nosso meio”. E o teólogo finaliza as suas afirmações
sobre este fenômeno, dizendo: “Quando vejo o apego de grandes massas ditas
evangélicas à práticas medievais católicas – de objetos ungidos e
consagrados para o culto a Deus, busca de bispos e apóstolos, recurso a
práticas supersticiosas -, pergunto-me se, ao final das contas, o
neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade, um filho da Igreja Católica
medieval, uma forma de neocatolicismo tardio que surge e cresce em nosso
país onde até os evangélicos têm alma católica”. Assino em baixo! Leiam o
livro “O que estão fazendo com a Igreja”, de autoria do Dr. Augustus
Nicodemus Lopes, e surpresas virão à sua mente e ao seu coração!

Tais líderes não vendem mais ‘indulgências plenárias’, mas vendem ‘um bom
lugar na terra’, com direito a carro novo, do ano, de preferência, vida
próspera, saúde em troca de ‘sacrifícios’ isto é, uma boa soma de dinheiro,
onde os integrantes da ‘massa de manobra’ doam tudo o que têm, para as
‘fogueiras santas’, que só servem para engordar a conta bancária dos líderes
mais espertos, especificidade dos velhacos, como se isso, por si só, fossem
sintomas da bênção real do Deus Todo-Poderoso. Repito: e acreditamos nisso!

Ah, mas eu também me impressiono pela pobreza dos púlpitos! Como poderemos
ter uma geração cristã madura e santa, com tanta pregação rasa e sem base
bíblica ou dentro de um contexto distorcido? Como se ter uma igreja sólida e
espiritualmente preparada para responder com mansidão e temor a qualquer que
lhes pedir “a razão da esperança” (I Pedro 3.15), se no altar, onde fica o
púlpito, mais parece um circo? E que dizer dos ‘pastores’ de hoje, muitos
deles aquartelados em suas ‘catedrais de fundo de quintais’, autênticos
vaníloquos em sua verborragia, vomitando ódio e perseguindo e maltratando e
vilipendiando a seus pares, às vezes da mesma Fé e Ordem? O Senhor Jesus nos
deixou uma ordem que “amássemos uns aos outros”, mas resolvemos a nosso
bel-prazer, por nossa livre recreação nada cristã, retirar o acento agudo do
verbo e passamos a proclamar do alto de nossa ‘majestade’ que “amassemos uns
aos outros”, numa demonstração de autoritarismo farisaico e de cristalina
falta do verdadeiro amor cristão! Tudo isso me deixa muito impressionado,
mas que venha mais um Ano Novo com novas chances e novas perspectivas, para
que o Nome do Senhor seja, de fato, verdadeiramente exaltado.

Sinceramente, eu estou impressionado com tudo isso que está parecendo ser
manifestações de apostasia. E aqui pra nós, me fala a verdade, meu irmão:
você não está também impressionado? O que me diz disso tudo? Com você a
palavra...









* ex-sacerdote católico romano, crente e salvo para sempre, pela
misericórdia de Deus, batista.